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Job reduz previsão de consumo e exportação de etanol do país

30 de Novembro de -0001

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Com os preços da gasolina mais competitivos que o etanol hidratado, motoristas em geral estão preferindo o combustível fóssil em detrimento do renovável. De outro lado, usinas estão produzindo o máximo que podem de açúcar, para tirar proveito dos bons preços no mercado global.

A produção de etanol do país foi projetada pela Job na temporada 2016/17 em 27,85 bilhões de litros, ante 29,15 bilhões de litros na projeção de setembro, com o centro-sul do país respondendo pela grande parte do volume. Na temporada passada, a produção no Brasil atingiu 30,23 bilhões de litros.

Já a projeção de consumo nacional de etanol (anidro e hidratado) na temporada 2016/17 foi reduzida para 26,6 bilhões de litros, ante 28 bilhões de litros previamente, por "restrição da oferta", disse a consultoria em nota. Na safra anterior, o consumo atingiu 28,15 bilhões de litros.

Dessa forma, a Job revisou para baixo as exportações brasileiras de etanol (para 1,6 bilhão de litros, versus 2,1 bilhões de litros anteriormente) e elevou ligeiramente a projeção de importações do biocombustível (para 1,2 bilhão, versus 1,1 bilhão de litros).

Na temporada passada, o Brasil exportou 2,16 bilhões de litros e importou 500 milhões de litros.

As mudanças nas projeções ocorrem em meio a uma redução na estimativa de moagem de cana-de-açúcar do centro-sul do Brasil, região que responde por cerca de 90% da produção nacional, para 618,4 milhões de toneladas, ante 632 milhões de toneladas na previsão anterior.

Segundo a consultoria, a redução ocorre por "razões estatísticas", uma vez que cerca de 14 milhões de toneladas de cana da safra 2016/17 foi moída na segunda quinzena de março de 2016 e contabilizada na safra 2015/16.

Além disso, citou a Job, a renovação dos canaviais e tratos culturais ainda estão deficientes e pragas e doenças afetaram as produtividades.

Apesar da redução, a safra do centro-sul ainda será recorde, o que permitirá que o país produza e exporte volumes recordes do adoçante.

Hoje (24), o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) estimou um déficit global de açúcar menor em 2016/17 ante a safra anterior, e citou a maior produção brasileira como fator que ajuda a compensar a menor safra em outras nações e também o consumo global recorde.

(Fonte: Reuters – 24/11)

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