Notícias

Governo segura repasse na gasolina, que já vinha antes da crise Irã-EUA; etanol não preocupa

14 de Janeiro de 2020

Notícias

Em um cenário no qual a gasolina estava precisando de ao menos mais 4% de reajuste, até começo da semana passada, e agora a Petrobras (PETR4) é autorizada a dar um desconto de 3% nas refinarias (a partir de amanhã), acentua o interesse do governo em não descarregar de uma vez o custo das cotações e do câmbio sobre as importações de petróleo.

O valor do barril do tipo Brent, em Londres, perdeu mais de 6% do aumento pós-assassinato do general iraniano Qassen Souleimani, pelos Estados Unidos, e voltou aos patamares nos quais a defasagem também já era presente.

Neste segunda (13), perdia 0,91%, estando em US$ 64,41, por votga das 15hs (Brasília).

Em entrevista a Money Times (dia 6), Martinho Ono, da SCA Trading, lembrava que desde o pico do dólar a R$ 4,20, em final de novembro, o petróleo já havia rompido os US$ 60/barril há certo tempo. Ele estimou uma necessidade de reajuste de 4% nas refinarias.

Portanto, a Petrobras já estava tendo mais despesa para comprar o óleo cru antes da crise entre Irã e Estados Unidos, que passou a dar sinais de serenamento e foi reduzindo o suporte das cotações em Londres.

De final de setembro a final de novembro, a petrolífera tirou um pouco da diferença de 10%, estimada em agosto, com três reajustes da gasolina.

Quanto ao etanol hidratado, o valor a ser reduzido, chegando à bomba, não dará mais competitividade ao combustível mineral, em plena entressafra do etanol. Os 3% de corte na Petrobras será menor ainda no varejo.

Ono previa 1,7 bilhão/mês de consumo em janeiro, pelo menos, com as férias tirando um pouco da margem de 2 bilhões mensais verificados na média de cada um dos três últimos meses de 2019.

Para estoques de passagem em torno dos 6,5 bilhões/l até que a safra 20/21 do Centro-Sul seja reaberta em abril, fora as unidades que devem começar a moer antes.

 

Fonte:  Money Times 13-01

 

Veja também