05 de Janeiro de 2018
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Abastecer o carro com gasolina pesou mais no bolso do motorista da capital no ano passado, já que o combustível ficou 13,69% mais caro, segundo cálculos da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Fundação Ipead). A variação da gasolina em Belo Horizonte ficou acima da média nacional. Conforme dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), em dezembro, o preço médio do combustível no país chegou a R$ 4,085 por litro, alta de 6,53% em relação ao mesmo mês de 2016, já descontada a inflação do período.
A alta da gasolina na capital ficou bem acima também da inflação na cidade, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – que abrange famílias com renda de um a 40 salários mínimos –, que subiu 3,94% em 2017, abaixo da meta do governo federal para o ano. A meta de inflação para 2017 é de 4,5% pelo IPCA nacional, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. “A inflação da capital ficou dentro do esperado e é a mais baixa dos últimos 11 anos”, diz a coordenadora de pesquisas da fundação, Thaize Martins. Em 2006, a inflação foi ainda menor, com avanço de 3,74%.
O IPCA 2017 foi 3,92 pontos percentuais menor que o índice de 2016, que foi de 7,86%. O grupo alimentação teve alta de 0,06%, bem abaixo do grupo dos não-alimentares, que teve um incremento de 4,67% no período.
No último mês de 2017, o IPCA em Belo Horizonte teve alta de 0,60%. E o Índice de Preços ao Consumidor Restrito (IPCR) – que contempla a evolução dos gastos de famílias com renda de um a cinco salários mínimos –, também calculado pela Fundação Ipead, teve elevação de 0,22%.
Para 2018, Thaize afirma que a inflação deve continuar sob controle. “A previsão do Boletim Focus é que a inflação fique em 3,96%, bem próximo do que foi registrado na capital mineira em 2017”, analisa. O que deve ter impacto mais expressivo na inflação neste ano, conforme ela, é o comportamento dos produtos administrados, como combustíveis, energia, água e transporte.
Peso. Os produtos administrados, que contemplam combustíveis, energia e transporte, tiveram alta de 6,74% em 2017 na capital e participaram com 40,86% na variação geral do IPCA em BH.
Para assistir a reportagem do Bom dia Minas, da TV Globo sobre o aumento, clique AQUI.
Fonte: O Tempo / Globo Minas – 05/01/2018
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