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Gasolina já é vendida por mais de R$ 5 em alguns postos de BH

21 de Janeiro de 2020

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Em 12 meses, todos os combustíveis tiveram aumentos acima da inflação da capital, de 4,96%. O derivado de petróleo subiu 5,5% e o etanol ficou 11,6% mais caro

Com aumento médio de 5,52% registrado nos últimos 12 meses, o litro da gasolina já é encontrado por mais de R$ 5 em algumas regiões de Belo Horizonte.

O preço médio foi de R$ 4,47 no início de 2019 a R$ 4,7 neste janeiro. Contudo, o combustível é comercializado por até R$ 5,09 na capital mineira. 

Só no último mês, o valor avançou 0,98%, ficando R$ 0,05 mais caro entre dezembro do ano passado e neste mês.

As informações são de um levantamento do site Mercado Mineiro, divulgado nesta segunda-feira (20).

A flutuação de preço do etanol foi ainda mais brusca. O aumento, de 11,58%, foi mais do que o dobro do em relação à alta da gasolina.

Nos últimos 12 meses, o álcool foi de R$ 2,92 em janeiro de 2019 a R$ 3,25 neste mês. 

Só nos últimos 30 dias, o preço subiu R$ 0,20, em média – um reajuste de 4,52%. Entre janeiro de 2019 e janeiro de 2020, o preço médio subiu R$ 1,41.

O óleo diesel encareceu 11,91% no último ano, chegando a R$ 3,99 o litro em janeiro, ante os R$ 3,56 registrados no mesmo mês do ano passado.

Na capital, todos os combustíveis tiveram aumentos acima da inflação, que foi de 4,96% nos últimos 12 meses, segundo o Índice de Preços ao Consumidor Amplo de Belo Horizonte (IPCA-BH), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Ipead), da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). 

A região da capital onde os combustíveis são mais caros é a Centro-Sul, com média de R$ 4,77 para a gasolina e R$ 3,25 para o etanol, enquanto preços mais baixos são encontrados em Venda Nova: R$ 4,65 em média para o derivado do petróleo, e R$ 3,19 para o álcool. 

Apesar dos aumentos registrados no último ano, Feliciano Abreu, coordenador do Mercado Mineiro, acredita que os valores, em especial do etanol, devem diminuir entre fevereiro e maio deste ano.

Ele explica que é comum que os postos tentem compensar o baixo movimento em janeiro, cobrando mais caro.

“É importante reduzir preços, até para não deixar o consumidor voltar a usar gasolina. Acredito que haverá diminuição. É muito difícil criar uma cultura de consumo como foi feito com o etanol, e os postos não podem perdê-la”, afirma. 

Abreu ressalta que os reajustes na gasolina não podem ser explicados por flutuação natural do mercado, visto que os preços nas refinarias diminuíram nos últimos meses. 

“Não sabemos porque houve esse aumento. O que preocupa é que o combustível está sendo nivelado por alto, com pouca variação entre os postos. A flutuação saudável de preços entre os estabelecimentos seria entre 20% e 30%, mas não vemos isso ocorrendo”, conclui.

 

Fonte: O Tempo – 20-01

 

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