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FENASUCRO - Transferência de ganho de competitividade do RenovaBio não está garantida

23 de Agosto de 2017

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A presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica), Elizabeth Farina, admitiu nesta terça-feira, 22, que a transferência dos possíveis ganhos de produtividade no setor sucroenergético com o RenovaBio para os preços do etanol ao consumidor dependerá de algumas premissas.

"Se eu obtiver ganhos de produtividade e competitividade com o RenovaBio, eu tenho de transferir isso para os preços. Mas tenho de saber que haverá algumas premissas, como câmbio, tributos, preços de petróleo, metas de descarbonização, que podem interferir em preços de mercado e são relevantes", disse Farina durante 6ª Conferência da Datagro na 25ª Fenasucro, em Sertãozinho (SP).

O Renovabio pretende fomentar o retorno dos investimentos no setor de biocombustíveis, principalmente etanol e biodiesel. Esse investimento viria dos recursos captados pelo setor produtivo com o comércio dos Certificados de Descarbonização de Biocombustíveis (CBios).

Como o Broadcast Agro (serviço fechado de notícias em tempo real do Grupo Estado) revelou na segunda-feira, a minuta da Medida Provisória (MP) sobre o RenovaBio está na Casa Civil sem previsão de ser publicada e encaminhada ao Legislativo.

"Nós esperamos que a proposta seja uma MP, já que temos de cumprir a meta de 37% de redução (das emissões) até 2025 e isso é apenas oito anos", explicou Plinio Nastari, presidente da Datagro e membro do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). "Como nós atuamos em um mercado competitivo, naturalmente os ganhos de competitividade serão transferidos para os preços" concluiu.

(Fonte: Agência Estado – 22/08/17)

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