07 de Junho de 2017
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Os Estados Unidos e o México fecharam nesta terça-feira (6), um acordo preliminar para pôr fim ao conflito entre produtores de açúcar dos dois países sobre as exportações com origem do México. Segundo nota publicada pelo Departamento de Comércio dos EUA, o acordo firmado entre os países evita futuras políticas antidumping por parte dos norte-americanos e corrige os subsídios recebidos pelos produtores vizinhos.
"O acordo aborda preocupações dos produtores dos EUA e evita danos a outras indústrias norte-americanas, incluindo confeiteiros, produtores de bebidas e de milho, que poderiam ser prejudicados diante da não conclusão do acordo", disse o órgão.
Entre as diretrizes estão a elevação do preço mínimo que o açúcar bruto pode ser vendido nas refinarias no México, que saltou de 22,25 cents para 23 cents por libra-peso. Para o refinado, o preço nas usinas deve saltar de 26 cents para 28 cents por libra peso. Todos os valores excluem os custos de embalagem e transporte. Tal mudança seria suficiente para proteger a indústria açucareira dos Estados Unidos de possíveis danos causados por práticas adotadas pelo governo mexicano que comprometeriam a concorrência.
O novo acordo também reduz o porcentual de açúcar refinado que pode ser importado de 53% do total para 30%. "Isso resulta em um ganho significativo no montante de açúcar bruto disponível para refino nos Estados Unidos, enquanto garante que subsídios para o produto refinado no México não prejudiquem os refinadores dos EUA", disse a nota.
Setor insatisfeito
O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, parabenizou o acordo e destacou a atuação mexicana para que ele fosse alcançado. Entretanto, mesmo com os potenciais ganhos para a indústria norte-americana, os produtores disseram que não vão apoiar as medidas.
"Infelizmente, apesar de todos esses ganhos, a indústria de açúcar dos EUA disse que é incapaz de apoiar o novo acordo, mas nós continuamos esperançosos de que isso seja alcançado no futuro conforme o processo vai sendo definido", disse Ross, reforçando o interesse em continuar as discussões enquanto o acordo é finalizado.
(Fonte: Agência Estado – 07/07/17)
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