29 de Junho de 2017
Notícias
O presidente da Embrapa, Mauricio Antonio Lopes, participou nesta terça-feira (27) do Ethanol Summit, um dos principais eventos mundiais voltados para as energias renováveis, particularmente o etanol e os produtos derivados da cana-de-açúcar.
Ele foi um dos palestrantes do painel dedicado ao tema Avanços Tecnológicos e a Imagem Global do Agronegócio Brasileiro, ao lado de Daniel Bachner, diretor global para Cana-de-Açúcar da Syngenta; Marc Reichardt, diretor global de Operações Comerciais Agrícolas da Bayer; e Mario Von Zuben, diretor-executivo da Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef).
O debate, realizado na terça-feira (27), foi moderado por Geraldine Kutas, assessora de Assuntos Internacionais da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica-SP).
"Minha abordagem levou em consideração três aspectos, que, na minha visão, marcam as percepções sobre o agronegócio brasileiro em âmbito internacional", explicou Lopes. A primeira é a de que o agro brasileiro é predatório e insustentável, agressiva e erradamente disseminada por ONGs, alguns governos e outros atores ao longo dos anos.
A segunda percepção é que o Brasil desenvolveu uma agricultura moderna, baseada em ciência. À despeito da primeira percepção negativa, há uma visão externa já bastante consolidada, de que o Brasil alcançou sua segurança alimentar e se projetou como grande exportador de alimentos em função do forte investimento em pesquisa e inovação.
Segundo o presidente, isso proporcionou a rápida incorporação de tecnologias que viabilizaram a emergência de uma agricultura tropical eficiente que estimulou o empreendedorismo e fortaleceu o protagonismo do agro nacional no âmbito internacional.
Depois Mauricio Lopes explorou a percepção do potencial de expansão da produção e da capacidade competitiva do agronegócio brasileiro.
"Esta percepção alimenta ações de protecionismo, propaganda para desgaste de imagem e outras tantas formas de combate ao protagonismo brasileiro nos mercados internacionais, em sintonia com a primeira percepção”, diz.
O potencial de expansão do agro brasileiro assusta os nossos competidores e coloca o Brasil quase sempre na defensiva nos ambientes internacionais onde se trava discussões relacionadas a alimentação e agricultura, como clima, biodiversidade, comércio etc.
Ao final, analisou alguns desafios a serem enfrentados pelo Brasil, para que os passivos que alimentam as percepções negativas sobre a nossa agricultura possam ser superados, fazendo bom uso das suas vantagens competitivas e comparativas para fortalecimento da presença e do protagonismo do seu agronegócio em âmbito internacional.
(Fonte: Embrapa – 28/06/17)
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