18 de Junho de 2019
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A subsidiária da Toyota na Europa está interessada no híbrido flex, desenvolvido pela equipe de engenheiros da empresa no Brasil em parceria com a matriz, no Japão. A tecnologia - inédita no mundo - será utilizada pela primeira vez no novo Corolla, cuja produção inicia em setembro na fábrica de Indaiatuba (SP) com lançamento confirmado para outubro no mercado brasileiro.
“Chamou a atenção essa combinação que parece ser muito simples, do flex com o híbrido, juntar isso pela primeira vez chamou a atenção do mundo: ‘pode-se ter um carro ainda eficiente e menos poluidor, com uma matriz ainda mais limpa dentro de uma tecnologia que já se conhece”, disse na segunda-feira, 17, o diretor de relações governamentais da Toyota no Brasil, Ricardo Bastos, durante sua participação do seminário Ethanol Summit, realizado em São Paulo.
Para o executivo, a solução é adequada para colocar o Brasil no hall global de desenvolvimento das novas tecnologias para a mobilidade. “Rompemos uma barreira: o etanol fala, conversa e se une à eletricidade então pensamos, juntamente com a Única [União da Indústria de Cana-de-Açúcar] ‘por que não o Brasil influenciar os outros?’”, disse referindo-se ao ineditismo da união entre a tecnologia híbrida e flex no mesmo veículo.
“A Toyota Europa nos consultou para entender o que é isso; eles têm etanol na região em porcentuais muito pequenos em alguns países, chega a 5%. Então chamamos a Unica e pensamos em fazer um world show, mostrar isso para o mundo. Cada país está buscando seu caminho”, completou Bastos citando Europa, Índia, Tailândia e Indonésia como possíveis interessados.
O executivo comentou ainda sobre a assinatura de uma portaria que amplia os chamados debêntures incentivados: com isso, o setor terá aportes de R$ 9 bilhões para tratar e cultivar cana-de-açúcar. A assinatura foi feita na cerimônia de abertura do evento pelos respectivos ministros das pastas de Minas e Energia, da Agricultura, do Meio Ambiente e da Casa Civil na presença de outras autoridades e representantes do setor.
“Parte desses recursos hoje colocados aqui são para melhorar a qualidade e a produtividade do etanol. Ainda há muito o que fazer na produção do etanol ela pode ser mais eficiente. O setor [sucroalcooleiro] já foi muito afetado pelas políticas de combustível, mas agora está retomando, os investimentos estão voltando”, disse Bastos a respeito da nova portaria.
Automotive Business – 17/06/19
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