18 de Junho de 2019
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O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque disse ontem (17) que o Renovabio talvez seja o maior programa de financiamento da área de sucroenergia no país.
"O RenovaBio [Política Nacional de Biocombustíveis], que entrará em pleno vigor em janeiro de 2020, apenas no setor de etanol estima-se investimentos da ordem de R$ 9 bilhões por ano, com a renovação de canaviais, e mais R$ 4 bilhões com o aumento da produção de cana de açúcar", adiantou o ministro durante abertura do Ethanol Summit, um dos principais eventos do mundo voltados para energias renováveis, no Centro Fecomércio de Eventos, em São Paulo.
Durante o evento, foi assinada a portaria que regulamenta o enquadramento de projetos prioritários no setor de petróleo, gás natural e biocombustíveis para emissão de debêntures incentivadas no setor de biocombustíveis. A portaria contribui para destravar investimentos em biocombustíveis, permitindo que empresas captem recursos com isenção de impostos para ampliar investimentos. A medida reforça as metas do Renovabio, permitindo a expansão do número de usinas e o crescimento na oferta de etanol.
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura o ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles, o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Tereza Cristina, entre outros representantes do setor de bioenergia.
Durante seu discurso na abertura, lembrou da importância do setor sucroenergético. "Este é um setor que desde o início acreditou no país, e o que se conseguiu nos últimos anos, os números que tem, a tecnologia que desenvolveu, é a certeza de que juntos vamos fazer uma grande nação".
Já a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, disse, em um breve pronunciamento na abertura do Ethanol Summit, que a nova política de biocombustíveis, "é moderna, arrojada, feito a quatro mãos entre o setor privado e governamental". Segundo ela, o RenovaBio será "o maior programa de descarbonização do mundo" no futuro.
Para a ministra, a política de fomento à produção de etanol no país reforçará o papel da indústria produtiva de álcool, açúcar e bioenergia, que é segundo maior setor da área de energia do País. Ela ainda citou a crise do setor produtivo da última década "do auge ao desânimo" e avaliou que "agora todos estão voltando a ficar animados com o setor".
Saída de Levy
Ao final do evento, Lorenzoni comentou a saída do presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) Joaquim Levy. "Houve uma incompatibilidade de gênios, não houve sintonia entre o que desejava o presidente e como trabalhava o doutor Levy. A gente respeita a decisão e vida que segue".
Segundo o ministro, tem alguns pontos que o presidente deseja ver esclarecidos. "Provavelmente o próximo presidente [do BNDES] vai abrir a caixa preta".
Agência Brasil – 18/06/2019
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