22 de Junho de 2017
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Uma análise econômico, social e ambiental da importante medida tomada pelo governo mineiro de reduzir a alíquota do ICMS do etanol hidratado de 19% para 14% e elevar a da gasolina de 27% para 29%, em 2015, como incentivo ao consumo dos combustíveis limpos e renováveis faz parte do documento “Análise de Conjuntura dos Biocombustíveis 2016”, lançado na terça-feira (19) pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), no Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), no Rio de Janeiro.
A oitava edição do documento faz um Raio X do mercado de biocombustíveis de 2016 e trouxe um case de Minas Gerais, informando sobre o aumento no consumo, redução das emissões e geração de empregos diante da medida de redução do ICMS do etanol hidratado e aumento da gasolina, que gerou a maior diferenciação de 15 pontos percentuais do país entre as duas alíquotas.
De acordo com o presidente da SIAMIG, Mário Campos, o destaque feito pela EPE foi um reconhecimento do sucesso que foi essa política pública realizada pelo governo de Minas, como forma de promover a produção e aumentar o uso do etanol hidratado no estado.
“Normalmente as políticas públicas pecam pela falta de uma avaliação dos efeitos gerados e a partir do trabalho da EPE temos uma avaliação criteriosa dos resultados positivos dessa diferenciação tributária para o estado como o aumento da arrecadação, na redução das emissões de gases do efeito estufa e geração de emprego e renda”, afirmou Campos.
Coordenado pelo diretor de Estudos do Petróleo, Gás e Biocombustíveis EPE, José Mauro Ferreira Coelho, o trabalho destacou que as alterações de ICMS, obviamente, impactaram ambos os preços do etanol e da gasolina e consequentemente a relação PE /PG.
Como a possibilidade de escolha entre estes dois combustíveis, pelo consumidor final, baseia-se em critérios múltiplos, sendo o mais decisivo, o preço, essa relação manteve-se favorável em vários meses de 2015 e 2016 ao consumo do biocombustível.
É relevante destacar que, ao contrário da suposição de senso comum, a redução dos tributos sobre o etanol hidratado levou ao aumento da arrecadação de ICMS sobre os combustíveis de Ciclo Otto (etanol hidratado e gasolina, majoritariamente) no estado de Minas Gerais.
O pleno entendimento desse efeito requer aprofundamentos futuros. Assim, o efeito combinado entre redução de ICMS do etanol hidratado e aumento do mesmo imposto sobre a gasolina, fez com que houvesse uma mudança no perfil de consumo, que levou a uma maior arrecadação de tributos com a venda isolada (e também com a agregada) de ambos os combustíveis.
Dentre os diversos desdobramentos observados, além dos impactos tributários positivos citados, elenca-se a redução das emissões de GEE, advindos tanto do consumo do etanol quanto da bioeletricidade. O estado de Minas Gerais contribui com cerca de 10% da energia injetada no SIN advinda das usinas sucroenergéticas, bem como aproximadamente 10% da produção de etanol.
Destaca-se, ainda, o considerável número de postos de trabalho associados à atividade sucroenergética.
As iniciativas adotadas por este ator relevante no cenário brasileiro ilustram a importância das políticas públicas nos aspectos sociais, ambientais e econômicos e seus impactos na sociedade.
Medidas desta envergadura ressaltam a responsabilidade dos estados no direcionamento das soluções necessárias para o crescimento do Brasil, sustentado pelos pilares da sustentabilidade socioambiental e econômica.
O case de Minas Gerais encontra-se nas páginas 48 a 58.
Acesse o link e leia o documento na íntegra clicando AQUI.
(Fonte: Gerência de Comunicação da SIAMIG / EPE – 22/6/17)
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