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Entenda o que é o Sistema S

21 de Dezembro de 2018

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Criado na década de 40, o Sistema S reúne entidades corporativas da indústria, comércio, transporte, cooperativa e agricultura que se dedicam à formação de profissionais qualificados para atender às necessidades de suas respectivas áreas.

Com escolas, centros de inovação e laboratórios em diversas localidades nacionais, a rede é uma forte aliada da economia nacional, pois capacita e desenvolve trabalhadores de forma a construir, atualizar e complementar conhecimentos.

Além do treinamento profissional, que oferece cursos gratuitos e pagos a preços acessíveis e mais atrativos se comparados àqueles de instituições de ensino pagas, as entidades que compõem o Sistema S também oferecem assistência social, assistência técnica, consultoria e pesquisa.

Atualmente, nove instituições integram o grupo:

- Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI)

- Serviço Social da Indústria (SESI)

- Serviço Social do Comércio (SESC)

- Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (SENAC)

- Serviço Nacional de Aprendizagem do Comércio (SENAC)

- Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR)

- Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (SESCOOP)

- Serviço Social de Transporte (SEST)

- Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)

As entidades não são públicas e a manutenção é oriunda de repasses de contribuições pagas por empresas privadas. As alíquotas variam entre 0,2% e 2,5% e beneficiam milhões de brasileiros.

Desdobramentos sobre as perspectivas de cortes

Paulo Guedes, futuro ministro da economia, em recente declaração pública, sugeriu que o Sistema S precisa cortar entre 30% e 50% dos recursos recebidos, de forma a fazer com que as instituições que o compõem sejam autossuficientes.

De acordo com o SESI e o SENAI, em publicação feita pela Folha de São Paulo, tal perspectiva de cortes representaria uma redução de 1,1 milhão de vagas em cursos profissionalizantes e o fechamento de escolas que oferecem esse tipo de formação. Além disso, as entidades estimam a redução de 498 mil vagas para alunos do ensino básico.

A partir desse panorama, é fácil perceber a importância do Sistema S para a educação e capacitação de trabalhadores, além de desonerar o Estado da responsabilidade de qualificar os empregados das áreas relacionadas, atividade essa que aumenta a produtividade e a competitividade das empresas ao passo em que reduz custos.

SESI e SENAI mostram resultados expressivos em MG

As entidades SESI e SENAI ligadas à Federação das Indústrias de Minas Gerais – FIEMG têm resultados expressivos que denotam a importância dos trabalhos desenvolvidos para as empresas e a sociedade.

SENAI MG está presente em 63 municípios com 78 unidades. Até novembro deste ano, 89.785 alunos foram atendidos nos cursos presenciais e 7.849 na modalidade a distância, que permite aos mineiros estudar enquanto dinamizam suas rotinas. Ainda em 2018, mais de 56 mil estudantes concluíram uma formação profissionalizante e estão aptos a oferecer às indústrias um trabalho qualificado e condizente com as necessidades do mercado atual.

Os estudantes dos cursos profissionalizantes tiveram ainda uma ótima performance nas seletivas da WorldSkills, maior competição de educação profissional do mundo que acontecerá na Rússia em 2019. Entre junho e setembro deste ano, as equipes mineiras receberam 5 medalhas de ouro, 4 de prata e 9 de bronze.

Os resultados do SESI MG na educação básica também são expressivos. Trinta e oito escolas oferecem um ensino de qualidade da Educação Infantil ao Ensino Médio, além de formação para Jovens e Adultos. Ao todo, mais de 15.600 alunos foram atendidos em 2018.

De acordo com a avaliação feita pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), das 10 escolas da rede com melhor desempenho no país, 9 são do SESI MG. Os desdobramentos da eficiência do ensino são refletidos também no ensino superior.

No ENEM de 2017, todas as escolas SESI MG estão posicionadas entre os 10% das escolas com melhor desempenho no país. Dos alunos dessas escolas aprovados em vestibulares/ENEM, 17% estão entre os 5 primeiros lugares, com destaque para os cursos de engenharia elétrica, automação, mecânica e civil.

Assim, é evidente que o legado do Sistema S precisa ser preservado, mesmo que mudanças sejam feitas de maneira responsável. O papel que as entidades ocupam é imprescindível à sociedade e à economia.

FIEMG – 21/12/18

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