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Energia solar dá grande salto em cinco anos

10 de Julho de 2018

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Embora o Brasil esteja ainda muito longe de aproveitar bem seu imenso potencial em energia solar, essa área vem avançando rapidamente no país, graças a consumidores residenciais, ao agronegócio, indústrias e algumas distribuidoras privadas de eletricidade. Segundo dados recentes da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o número de conexões para a microgeração de energia saltou de 23 em junho de 2013 para 30.900 agora, sendo 99% desse total está voltado para utilização de energia solar.

Mais de dois terços das conexões foram feitas por consumidores residenciais, que não se limitam a proprietários de grandes mansões, mas abrangem, principalmente, edifícios de apartamentos de classe média, cujos condôminos resolveram investir na instalação de painéis solares com o objetivo de poupar gastos com eletricidade a mais longo prazo. 

Em um país como o Brasil, com intensa insolação em todo o seu território, durante praticamente o ano inteiro, essas instalações colocam também seus usuários a salvo de apagões nas redes de transmissão de grandes distribuidoras.

A opção pela energia solar também tem se mostrado vantajosa no campo, especialmente em fazendas mais afastadas, que podem prescindir de extensas linhas de transmissão. Indústrias de ramos diversos, instaladas em diferentes regiões do País, também têm recorrido com mais frequência a microusinas solares, de modo a cortar custos fixos, como eletricidade, que podem vir a prejudicar sua competitividade.

Uma questão que se coloca é o custo dos equipamentos para a microgeração solar, considerado elevado, embora tenha baixado bastante nos últimos anos, com a maior competição entre fornecedores.

Calcula-se que, para uma residência média, os painéis custem por volta de R$ 20 mil. Para empreendimentos de maior porte que exigem uma multiplicidade de painéis, o custo pode ser inicialmente pesado, considerando sobretudo a recente alta da cotação do dólar, sendo todos os equipamentos atualmente importados.

Tudo isso vem ocorrendo no âmbito da iniciativa privada, mas o governo tem procurado ajudar por meio do BNDES, que financia pessoas físicas interessadas em utilizar energia solar com empréstimos a taxas de 4,03% a 4,55% ao ano, pelo prazo de até 12 anos, com 24 meses de carência.

Fonte: O Estado de São Paulo – 10/07/2018

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