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Empresários propõem pasta única para capital e trabalho

05 de Novembro de 2018

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Dez entidades representantes do setor industrial levaram ao deputado Onyx Lorenzoni, futuro ministro da Casa Civil do governo Bolsonaro, proposta para criação do Ministério da Produção, Trabalho e Comércio, que seria resultado da fusão do Ministério de Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) com a pasta do Trabalho.

A iniciativa é uma resposta ao plano de incorporação do Mdic ao novo superministério da Economia, que será comandado pelo economista Paulo Guedes. Essa decisão do novo governo provocou descontentamento entre os representantes da indústria. A acusação de que o Mdic serve apenas para conceder subsídios e incentivos às empresas do setor não procede, disse uma fonte ao Valor, lembrando que o ministério que mais concedeu subvenções nos últimos governos foi o da Fazenda. Lorenzoni prometeu dar amanhã uma resposta sobre a proposta. Ele iria se reunir com Bolsonaro no fim de semana.

No documento, as dez entidades - Abimaq, Abinee, Abicalçados, Abiquim, Abit, Abrinq, Anfavea, AEB (de comércio exterior), CBIC (da construção civil) e Instituto Aço Brasil - sugerem que a junção de capital e trabalho num mesmo ministério faz todo sentido, porque a geração de empregos se dá na produção de bens e serviços e no comércio.

As duas pastas foram unidas durante 30 anos, de 1930, no governo revolucionário de Getúlio Vargas, até 1961, quando foram criados o Ministério da Indústria e Comércio (MIC) e o do Trabalho e Previdência Social.

A Argentina também tem um Ministério da Produção, criado pelo governo Maurício Macri em dezembro de 2015. A pasta engloba as secretarias de Indústria, Comércio, Trabalho, Previdência e Agricultura. A formação foi bem aceita pelos empresários, principalmente os ligados à indústria, que colaboraram na formação da equipe econômica do governo.

Fonte: Valor – 5/11

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