30 de Janeiro de 2020
Notícias
Um grupo composto por treze empresários de Minas Gerais visitou a Bahia esta semana para avaliar condições de investimentos (clima, solos e viabilidade econômica) no setor sucroenergético da Bahia.
As visitas ocorreram entre os dias 26 e 27 de janeiro, em Barra e Muquém do São Francisco, onde está em implantação, por parte do Governo do Estado, um polo bioenergético e sucroalcooleiro, que prevê gerar 30 mil empregos.
Os empresários mineiros foram acompanhados por uma comitiva técnica da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE). Na região onde ocorreu a visita está em implantação, pelo grupo pernambucano Paranhos, a primeira usina de cana de açúcar, das 10 previstas no projeto – a Paranhos gera 500 empregos no local.
Chefe da comitiva mineira, O empresário Antonio Giló disse que a região o surpreendeu, tanto pela quantidade de água, quanto pelo cultivo da cana.
“Pelo que vimos, no plantio dos Paranhos, a produção de cana-de-açúcar está se mostrando de qualidade, pelos experimentos em curso. Então, acho que o projeto é muito promissor”, afirmou.
“O que estamos pensando é em formar um grupo, para atuar como indústria de integração, como já fazemos em Minas, com grandes produtores, com tecnologia, e vir para cá”.
Unaí, por município, é a maior produtora de feijão do país. O grupo que visitou a Bahia possui 8 mil hectares irrigados por pivô central, 35 mil hectares de plantio e produz uma safra anual de 4,1 milhões de sacas de milho, feijão e soja.
O consultor de negócios Anderson Adauto, que acompanhou a comitiva, declarou que de todos os plantios, seja de feijão, soja, milho, algodão, batata, trigo ou laranja, a cana é o mais simples.
“Então, quem dá conta de plantar todas estas coisas, vai ter naturalmente sucesso com a cana. E a grande vantagem deste grupo é ser unido, coeso, todos são agricultores profissionais e têm uma larga experiência em agricultura irrigada”, comentou.
Adauto informou que esta semana a segunda usina proposta no Polo Sucroalcooleiro na Bahia, a Fazenda Igarité, do empresário Pedro Leite, será apresentada em São Paulo, na União das Indústrias de Cana-de-açúcar (Única), maior entidade representativa do setor no Brasil.
“A Única congrega todas as indústrias deste ramo, eles estão muito animados e acreditam que, com o Renova Bio, o país precisará de algo em torno de 20 a 30 usinas, com 3,5 milhões de toneladas, cada uma, para atender às novas regras”, disse.
Com a visita para verificar a viabilidade do negócio, a próxima etapa da visita é a realização de estudos in loco, ainda sem data para ocorrer.
No final de 2019, a região já tinha recebido representantes de fundos de investimentos, bancos de fomento e empresários da mineira Bevap Bioenergia, empresa referência em tecnologia de plantio de cana-de-açúcar.
Fonte: Canal Rural - 28-01
Veja também
25 de Abril de 2024
Colheita de cana deve cair em 2024/25, mas produção de açúcar vai aumentar, diz ConabNotícias
25 de Abril de 2024
Entenda como o Projeto de Lei "Combustível do Futuro", sob relatoria de um paraibano, fortalece o setor de etanolNotícias
25 de Abril de 2024
Deputados goianos aprovam projeto de benefícios fiscais para biocombustíveisNotícias
25 de Abril de 2024
Mobilidade verde contribui para descarbonizar portfólio do setor financeiroNotícias