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Em vídeo, ministro diz a caminhoneiros que está cumprindo o combinado

02 de Maio de 2019

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O ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, enviou via WhatsApp, na noite de ontem, um vídeo para os representantes dos caminhoneiros que estiveram com ele na última semana.

Na gravação, Freitas fala sobre a resolução da Agência Nacional dos Transportes Terrestres (ANTT), publicada também ontem, que acaba com a multa para o caminhoneiro que descumprir da tabela ou denunciar a empresa que não paga valor mínimo do frete.

"A ideia é não inibir o caminhoneiro que quer fazer uma denúncia de uma empresa que está, por exemplo, praticando um valor inferior à tabela. Então, promessa cumprida".

Segundo a ANTT, a forma como o texto da lei havia sido escrito desmotivava os motoristas a fazer denúncias, pois era aplicado o mesmo tipo de punição para empresa e caminhoneiro. De acordo com a agência, percebeu-se uma baixa efetividade na fiscalização, pois os motoristas desviavam dos postos.

Na segunda-feira passada, o ministro se reuniu com representantes da categoria e dirigentes das 11 principais centrais sindicais do setor. Vários dos motoristas presentes defendiam uma nova paralisação no dia 29, caso o governo não anunciasse medidas imediatas. Depois da reunião, o chamado para a paralisação foi suspenso.

No vídeo desta terça-feira, feito para ser distribuído entre grupos de caminhoneiros no WhatsApp, Freitas também disse que o governo aumentou o número de fiscalizações nas estradas. "Nos últimos 20 dias, foram mais de 1.300 autuações contra empresas que descumpriam o piso mínimo do frete", afirma.

O ministro também encaminhou aos caminhoneiros gravações feitas por fiscais da ANTT dizendo que estavam fiscalizando a tabela do frete. Ele mandou quatro gravações no qual os fiscais falam a data, o nome, o local onde estão e dizem estar fazendo a fiscalização da tabela do frete.

O cumprimento da lei que estabeleceu um preço mínimo para o frete rodoviário é uma das principais reivindicações dos caminhoneiros. Eles afirmam que, apesar de a lei ter sido decretada no governo de Michel Temer, a falta de fiscalização faz com que a maioria das transportadoras pague menos que o previsto na tabela.

Na última quarta, a ANTT também atualizou a tabela do frete após aumento de 10% no preço do diesel, de acordo com resolução publicada no Diário Oficial da União. O reajuste era outra reivindicação dos motoristas.

Valor Econômico - 01/05/2019

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