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Datagro abre a safra de cana 17/18 e prevê moagem do CS de 612 mi ton

22 de Março de 2017

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Representantes do setor Sucroenergético

A consultoria Datagro promoveu, ontem, em Ribeirão Preto, a abertura da safra de cana de açúcar 2017/18, prevendo uma moagem para o Centro-Sul der 612 milhões de toneladas, que será iniciada no final deste mês.

O resultado representa um acréscimo de 1,1% em relação a moagem da safra 2016/17, com previsão para totalizar 605,5 milhões de toneladas. Segundo Plínio Nastari, presidente da Datagro, o desenvolvimento dos canaviais não foi afetado pelo déficit hídrico observado nos primeiros meses do ano, pois a capacidade hídrica dos solos conseguiu atender a demanda da planta, assim a previsão de correto desenvolvimento dos canaviais reforça este acréscimo na moagem da próxima safra.

Nastari observa que usinas e grupos intensificaram as práticas agrícolas para garantir um correto desenvolvimento da cana-de-açúcar. “Até o momento os canaviais apresentam um desenvolvimento satisfatório, resultado da intensificação de tratos culturais que favorecem o correto crescimento da planta”.

No Nordeste, com safra 2016/17 quase encerrada, a previsão é de 45,7 milhões de toneladas para 2017/18. A região foi fortemente atingida pela seca e os reflexos serão sentidos no próximo ciclo produtivo.

O somatório das regiões Centro-Sul e Norte-Nordeste deve resultar em moagem total de 657 milhões de toneladas, crescimento de 0,9% em relação a safra 2016/17, com moagem final prevista pela consultoria em 651,20. 

Houve também um grande debate sobre o crescimento da produção de açúcar nos diversos países produtores na próxima safra, o que poderá levar a um cenário de superávit do produto. Porém, tudo dependerá do clima e por isso há uma incerteza grande quanto a este mercado na próxima safra. 

Foi ressaltada a forte queda no preço do açúcar na última semana e se o novo patamar de US$ 17 cents vai contribuir ou não para a efetivação das atuais previsões de produção de açúcar no país, invertendo as expectativas de alta, com reflexos no aumento da produção de etanol. 

Outro painel interessante foi sobre o risco do setor e a necessidade de se proteger, com palestra do presidente do Grupo Coruripe, Jucelino Sousa. Segundo ele, as empresas precisam avaliar bem todos os riscos do empreendimento, sendo que hoje existem produtos disponíveis no mercado que possibilitam maior proteção e é importante estar atento a eles.

 Já o painel financeiro mostrou tendências importantes para os próximos anos, como a redução do financiamento através do BNDES e um aumento neste sentido através do mercado de  capitais. O que contribui para isso é  a redução de juros no Brasil, além de outros produtos de financiamento como os Certificados Recebíveis do Agronegócio (CRA), que demandam um nível maior de governança empresarial.

O presidente da SIAMIG, Mário Campos, fez palestra, também, onde enfatizou a importância da manutenção das conquistas do setor nos últimos anos de incentivo aos produtos do setor sucroenergético, como o etanol hidratado, que foram extremamente importantes para que se chegasse aos níveis atuais de produção e consumo.

 

Produção no Centro-Sul

Moagem: Crescimento de 1,1%, totalizando 612 milhões de toneladas

Açúcar: Aumento de 3,3%, atingindo 36,8 milhões de toneladas.

Etanol: A produção de etanol – incluindo produção através do milho – deverá totalizar 25,31 bilhões de litros, queda de 1% em relação a 2016/17.

Mix produtivo: 47,4% da produção para o açúcar.

 

Produção Brasil

Moagem: Aumento de 0,9%, resultando em 657 milhões de toneladas.

Açúcar: Alta de 3,1% em relação à safra 2016/17, estimada em 39,9 milhões de toneladas,

Etanol: A fabricação de etanol (cana e milho) será 2,6% menor, atingindo 26,76 bilhões de litros.

Mix produtivo: 48% da matéria-prima será direcionada para o açúcar.

(Fonte: Jornal Cana / UAGRO  – 22/03)

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