03 de Março de 2020
Notícias
O custo de Corte, Transbordo e Transporte (CTT) por tonelada de cana varia até R$ 11 na região Centro-Sul do país.
O menor valor do CTT está em Sertãozinho (SP), onde o custo por tonelada é de R$ 25.
Por sua vez, o maior valor está em Olímpia, com R$ 36 por tonelada.
Os valores são de amostras coletadas para o levantamento de custos de produção do Projeto Campo Futuro das safras de cana 2019/20 e 2018/19.
O Projeto é empreendido pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
A gestão do levantamento é do Pecege-Esalq/USP.
Valor acompanha evolução dos custos
O levantamento se baseia na evolução dos custos com CTT, entre as safras de 2018/19 e 2019/20, nas principais regiões produtoras do Centro-Sul.
Por sua vez, para realizar as comparações, foram considerados os valores de CTT utilizando a base de 25 km, sendo os valores de CTT, para diferentes quilometragens, calculados para esta base.
Os 25 km foram adotados como base na safra 2018/19, por ser a distância média ponderada pela quantidade de cana transportada.
E, desta forma, essa distância média ponderada foi adotada para o cálculo do CTT da safra 2019/20.
CTT sobe de valor
Segundo o levantamento, em metade das regiões analisadas houve aumento no valor de CTT.
A média no estado de São Paulo foi de +1,37%, e nos demais estados foi, em média, +0,88%, em relação à 2018/19.
Nas regiões em que houve a retração deste custo, a redução foi de -4,08%, em média.
Por sua vez, nas regiões em que houve elevação do custo, esta foi, em média,de +6,14%.
As flutuações nos custos de cada região são atribuídas à variação dos preços dos insumos envolvidos, como o diesel.
E, também à produtividade, pois se há menos toneladas colhidas o custo por tonelada é mais elevado.
Em 7 das 12 regiões, houve redução no percentual de participação do CTT dentro do CT, uma
queda de 4,73%.
Cinco delas se situam no estado de São Paulo, acumulando uma redução média de 5,00%.
Desta forma, a média geral da região Centro-Sul se reduziu em 1,41%, posição contrária ao aumento no custo com CTT, como apresentado anteriormente.
Segundo os responsáveis pelo estudo, mesmo com o aumento no CTT de uma safra para a outra, este foi menor que o aumento em outras etapas produtivas.
Foi, assim, uma queda em relação ao CT.
Outrossim, isto pode indicar que, na maioria dos casos, houve um investimento no processo de colheita, transbordo e transporte.
Mais recursos alocados
Se pelo aumento no valor dos insumos ou da mão-de-obra, por exemplo, ou pela melhoria no maquinário envolvido.
Porém, o produtor teve que alocar mais recursos em outros pontos, e um dos fatores que pode estar atrelado a esta observação é a alta do dólar e do barril de petróleo entre as duas safras.
Isso afeta diretamente o preço de alguns fertilizantes e do combustível, sendo que o primeiro insumo não afeta o CTT.
Por fim, mesmo com o aumento dos custos na etapa da colheita, o produtor deve se atentar também à outras etapas produtivas.
Isso, considerando a condução que deve ser muito bem planejada e executada a fim de otimizar os recursos direcionados.
Finalmente, deve concentrar esforços na redução dos custos de produção destas que, entre as 2 últimas safras, pesaram mais no orçamento das propriedades visitadas.
Fonte: Jornal Cana – 02/03
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