Notícias

Cresce número de mulheres acima de 30 anos no agronegócio

30 de Janeiro de 2019

Notícias

Cresce o número de mulheres acima de 30 anos, casadas e com ensinos médio e superior no agronegócio brasileiro. É o que constata o estudo “Mulheres no Agronegócio”, elaborado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), da Esalq/USP.

O trabalho, que chega à segunda edição, avalia os principais aspectos referentes à atuação da mulher no mercado de trabalho do agronegócio brasileiro.

Conforme o estudo, a faixa de mulheres acima de 30 anos e casadas no agronegócio representa o maior impulso do universo feminino em atuação entre 2004 e 2015. Nesse período, a entrada de mulheres no agro cresceu em 8,3%.

Pesquisadores do Cepea ressaltam a importância que o aumento da presença de mulheres acima de 30 anos e com relativamente melhores níveis de qualificação exerceu sobre o crescimento da população de ocupadas no agronegócio.

Isso porque os grupos que acabaram dando influências negativas são formados por mulheres de baixa instrução, sejam casadas ou solteiras, e para os diferentes grupos de idade. Neste caso, esses resultados estão atrelados a mudanças na estrutura do mercado de trabalho feminino no agronegócio.

Assim, o aumento da presença feminina com maior escolaridade reflete o surgimento de oportunidades de postos de trabalho de maior qualidade, o que, entre outros fatores, se deve ao crescimento das agroindústrias e das atividades do segmento de agrosserviços.

Para a avaliar quais foram os grupos de mulheres que apresentaram as maiores contribuições para o aumento da participação feminina no agronegócio de 2004 a 2015, o Cepea dividiu a população de mulheres ocupadas no setor a partir do estado civil (casada e solteira), nível de instrução (não declarado, sem instrução, ensino fundamental, ensino médio e ensino superior) e idade (30 anos ou menos e maiores que 30 anos).

Este segundo volume do estudo também detalha o papel do agronegócio na evolução da participação da mulher no mercado de trabalho. Como a participação feminina na força de trabalho cresceu em maior intensidade no agronegócio do que nos demais setores, o agro exerceu uma influência positiva na taxa de participação feminina no Brasil como um todo.

Rendimentos

No terceiro e último volume do estudo, o Cepea apresentará análises voltadas aos rendimentos no agronegócio, o que permitirá, uma vez controlados todos os demais fatores, a comparação de salários médios entre homens e mulheres que atuam no agronegócio e, ainda, mulheres ocupadas no setor versus empregadas em outros segmentos da economia. O Volume III deve ser divulgado no início de março.

Jornalcana -28/01/19

Veja também