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Consumo de combustíveis diminui 1,3% no 1º semestre

03 de Agosto de 2017

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Depois de registrar uma queda de 1,6% no primeiro trimestre, o consumo nacional de combustíveis voltou a cair no segundo trimestre (-0,9%). Apesar de ter subido pelo segundo mês consecutivo, em junho, as vendas no mercado brasileiro fecharam o primeiro semestre com uma retração de 1,3%.

Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), foram vendidos, no país, em junho, 11,386 bilhões de litros, o que representa uma alta de 1,3% frente a igual período do ano passado. Em maio, a comercialização de combustíveis já havia subido 1,5%, mas o crescimento por dois meses seguidos não foi o suficiente para compensar a queda de 5,6% de abril.

Historicamente vinculado ao comportamento do PIB, o consumo de diesel subiu, em junho, pelo segundo mês consecutivo (1,3%), para 4,678 bilhões de litros, mas fechou o segundo trimestre com uma baixa de 1,8% e o primeiro semestre com uma queda de 1,4%.

Já a comercialização de gasolina cresceu 11,6% no mês retrasado, para 3,762 bilhões de litros, e 7,9% no segundo trimestre. Esse aumento, o principal destaque positivo de 2017 no mercado de combustíveis, tem deslocado o consumo de etanol hidratado e contribuído para sustentar o aumento das vendas pelos veículos do Ciclo Otto – aqueles que rodam com motores a etanol ou gasolina e que são tradicionalmente mais vinculados ao comportamento de consumo das famílias.

Ao todo, a comercialização no Ciclo Otto, em gasolina equivalente, fechou o primeiro semestre com uma alta de 2,1% e o segundo trimestre com um crescimento de 2,7%. No mercado, contudo, há a expectativa de que essa recuperação possa ser freada pelo aumento das alíquotas de PIS/Cofins, anunciado pelo governo no mês passado.

Além da retração de 17,6% na demanda por etanol, também houve queda, em junho, no consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP), que caiu 1,5%; e nas vendas de óleo combustível (-20%); e no setor de querosene de aviação (-2,6%).

Os dados da ANP mostram, ainda, que, em meio à retração do mercado interno, as refinarias brasileiras estão produzindo menos e perdendo mercado para as importações de derivados.

No primeiro semestre, houve uma queda de 7,9% na carga processada pelo parque nacional de refino. Ao todo, foram processados, no Brasil, em junho, 1,710 milhão de barris diários de petróleo, o que representa uma queda de 10,5% na comparação com igual período do ano passado.

Já as importações de derivados, no país, subiram 45,1% em junho, para cerca de 702 mil barris/dia, e fecharam o primeiro semestre com uma alta de 32,7%. Os números da ANP incluem desde a compra de combustíveis, quanto outros produtos derivados do petróleo, como nafta petroquímica, solventes, lubrificantes, coque e asfalto.

No caso do diesel, as compras de do exterior subiram 67,1% na primeira metade do ano, para, em média, 197 mil barris/dia. Já as importações de gasolina avançaram 96,2%, para 95 mil barris diários.

(Fonte: Valor – 03/08/17)

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