Notícias

Conheça a ALTHA20BT a primeira variedade transgênica de cana do mundo

24 de Julho de 2017

Notícias

O ponto alto do 13º Insectshow – Seminário Sobre o Controle de Pragas da Cana -, realizado pelo Grupo IDEA nos dias 19 e 20 de julho em Ribeirão Preto, foi o lançamento da primeira variedade de cana-de-açúcar geneticamente modificada do mundo. Na ocasião, os profissionais presentes no evento puderam obter, em primeira mão, informações sobre o material, desenvolvido pelo Centro de Tecnologia Canavieira (CTC). Além disso, o público pode ver de perto uma touceira da nova variedade. Ao apresentá-la, o diretor do CTC, Sérgio Mattar, afirmou que este é o novo marco da cultura da cana-de-açúcar no Brasil e no mundo.

Em seguida, o gerente de negócios do CTC, Ronaldo Onosaki, subiu ao palco para dar mais informações sobre a variedade, que tem como característica principal a resistência à Broca-da-cana. “Ao longo dos próximos anos, vamos lançar diversas variedades transgênicas com diferentes características. Porém, optamos por começar pela resistência a praga mais significativa em cana, atualmente.” Estimativas do CTC apontam que a Broca acarreta cerca de R$ 5 milhões em prejuízos ao setor, anualmente.

Batizada de ALTHA20BT, a variedade promete recuperar 60% dos danos causados pela Broca na área agrícola, diminuir em 20% os gastos com o manejo de pragas das unidades e aumentar em 20% a qualidade da extração e fermentação da cana na indústria. “Juntos, esses benefícios equivalem a 22% do EBITDA do setor ou R$8 reais por toneladas de cana.”

Outro benefício decorrente do uso da ALTHA20BT é uma maior tranquilidade aos profissionais, pois a cana estará protegida do ataque da Broca durante 24 horas por dia, sete dias na semana e 365 dias no ano. “Além disso, a ALTHA20BT utiliza menos gemas por metro no plantio, que cai de 28 (caso utilize uma cana brocada com 40% de I.I) para apenas 15 mudas por metro.”

Onosaki apresentou, ainda, alguns resultados de ensaios conduzidos com a variedade. Uma análise conjunta dos dados do Centro-Sul em áreas não controladas revelou que variedades convencionais possuem Índices de Infestação (I.I) médios de 7,6%. A variedade transgênica do CTC apresentou um I.I de 0,14%. Uma redução de 98,5%. Já as médias em TCH entre os materiais saltaram de 95 para 105. “Isso resulta em um ganho de R$ 1.400,00 por hectare.”

Por fim, Onosaki falou sobre o posicionamento da variedade, que é recomendada para todo o Centro-Sul, com época de colheita de junho a setembro e para ambientes de produção A, B e C, sendo que, em locais mais secos, será necessário adotar irrigação. “Como características, ela possui adaptabilidade à mecanização e mais perfilhos e gemas por hectare.”

(Fonte: CanaOnline – 24/07/17)

 

 

Veja também