12 de Janeiro de 2017
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As famílias brasileiras pagaram 3,25% a mais em combustíveis em 2016, segundo os dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). As despesas com o grupo transportes, que detêm 18% de peso no cálculo do IPCA, subiram 4,22% no ano.
A gasolina ficou 2,54% mais cara em 2016, enquanto o diesel aumentou 2,21%. A partir de outubro, o preço dos combustíveis praticados nas refinarias passou a ser definido, mensalmente, pelo Grupo Executivo de Mercado e Preços (Gemp), que determinou uma redução de 3,20% na gasolina e de 2,70% no diesel em 15 de outubro. No dia 8 de novembro, houve novo corte, de 3,10% na gasolina e de 10,40% no diesel. Em 6 de dezembro, entretanto, a petroleira aumentou em 8,10% a gasolina e 9,50% o diesel.
O litro do etanol subiu 6,66% no ano, devido a problemas na safra da cana e concorrência com a produção de açúcar mais demandada no mercado internacional.
O item de maior contribuição para conter a taxa do IPCA em 2016 foi a energia elétrica, que recuou 10,66%, o equivalente a um impacto de -0,43 ponto percentual. Na região metropolitana de Curitiba, as contas recuaram 21,53% em relação a 2015. A tarifa também teve forte queda no Rio de Janeiro (-14,19%), Goiânia (-15,65%), São Paulo (-14,11%), Porto Alegre (-12,38%) e Vitória (-9,51%).
A energia elétrica ficou 3,70% mais barata em dezembro, o principal impacto negativo sobre a inflação medida pelo IPCA. O item ajudou a conter a taxa em 0,13 ponto percentual.
O movimento reflete o retorno da bandeira tarifária verde em 1º de dezembro, em substituição à amarela, que implicava em custo adicional de R$ 1,50 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Houve ainda uma queda de 11,49% nas contas de luz de Porto Alegre, devido à redução de 16,28% nas tarifas de uma das concessionárias em 22 de novembro. No Rio de Janeiro, a energia elétrica ficou 4,98% mais barata, graças à redução de 11,73% em uma das concessionárias locais desde 7 de novembro.
“A energia elétrica tem uma participação muito grande no orçamento das famílias”, lembrou a coordenadora de Índices de Preços do IBGE, Eulina Nunes dos Santos.
(Fonte: Diário do Comércio - 12/01)
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