02 de Maio de 2018
Notícias
A moagem de cana-de-açúcar em Minas Gerais deverá ficar estável na safra 2018/19, em relação ao período anterior, com o esmagamento de 65 milhões de toneladas. Apesar disso, a expectativa é de que a produção de açúcar caia e chegue a 3,7 milhões de toneladas, contra os 4,2 milhões alcançados no ano passado. Por outro lado, a produção do etanol promete repetir o recorde de 2015 e deverá chegar a 3 bilhões de litros. O lançamento da safra 2018/19 de cana-de-açúcar aconteceu na sexta-feira (27), na Fazenda Santa Vitória, em Uberaba, no Triângulo Mineiro.
De acordo com o presidente da Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), Mário Campos, a queda dos preços do açúcar no mercado internacional será o grande desafio para o exercício. Em função do cenário, a safra promete ser mais alcooleira, com a maioria das usinas do Estado destinando 60% da cana processada para o etanol e 40% para o açúcar.
“Ainda assim, Minas segue como o segundo maior produtor e exportador da commodity. Já estamos acostumados com a volatilidade dos preços e temos a vantagem da flexibilização das usinas, podendo priorizar uma ou outra produção a cada safra”, explicou.
Etanol
Em relação ao etanol, conforme o presidente, o Estado retomou a terceira posição em termos de produção no ano passado e atualmente possui a segunda menor alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS) do País. Campos lembrou que a redução do imposto, de 19% para 14%, por parte do governo estadual em 2015 foi de suma importância para este desempenho.
“A redução tributária melhorou o ambiente de negócios e recuperou a competitividade do setor. Com a desoneração, conseguimos nos equiparar a outros estados e agora Minas Gerais como um todo possui condições de competir no mercado de etanol”, justificou, complementando que a estimativa é de que o consumo do combustível no Estado chegue a 1,8 bilhão de litros na safra 2018/19, batendo mais um recorde.
Em Minas, onde estão instaladas 34 usinas, a safra teve início em 1º de abril. Este ano, a área de moagem terá pequena variação em relação à de 2017, quando foi de 818 mil hectares, retração de 4% sobre a safra passada. A redução ocorreu em virtude dos investimentos na renovação dos canaviais. Também no exercício passado, a área de renovação nos canaviais do Estado cresceu 24%, somando 168 mil hectares.
Em relação à geração de emprego, o presidente da Siamig afirmou que, a partir do viés de recuperação do setor, serão totalizadas 51 mil vagas diretas no segmento no Estado. Já quando considerados postos diretos e indiretos, o saldo chega a 160 mil.
Fonte: Diário do Comércio – 28/04/2018
Veja também
24 de Abril de 2024
Evento do MBCB destaca potencial da descarbonização da matriz energética brasileiraNotícias
24 de Abril de 2024
WD Agroindustrial promove intercâmbio cultural em aldeia indígena para celebrar o dia dos povos origináriosNotícias
24 de Abril de 2024
Raízen encerra safra 2023/24 com moagem recorde de 84,2 milhões de toneladasNotícias