21 de Agosto de 2018
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A exportação de etanol deverá superar os 800 milhões de litros nos cinco primeiros meses desta safra, que se iniciou em abril. Se confirmado, esse volume superará em 13% o de igual período de 2017.
O crescimento anual ocorre devido à aceleração do ritmo das vendas externas dos últimos dois meses. Em julho, foram 253 milhões de litros.
Em agosto, o volume poderá atingir 356 milhões, se for mantido, até o fim do mês, o mesmo ritmo dos 13 primeiros dias úteis. Em agosto, as exportações já somam 201 milhões de litros.
As vendas externas aumentam porque a oferta interna de etanol é boa e os preços estão em baixa. Com isso, o produto brasileiro ficou mais competitivo no mercado externo, principalmente com a ajuda da alta do dólar.
Em abril, no início da safra, com preços internos ainda aquecidos pela entressafra, a vantagem ficava para as importações. A partir de julho, porém, os preços ficaram favoráveis para os exportadores, que aumentaram o ritmo das vendas.
No mês passado, as exportações somaram 253 milhões de litros, segundo dados da Secex (Secretaria de Comércio Exterior). Neste mês, poderão atingir 356 milhões.
De abril a julho, 308 milhões de litros de álcool anidro e 205 milhões de hidratado haviam deixado as usinas do centro-sul para o mercado externo.
Antonio de Padua Rodrigues, diretor da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), diz que alguns mercados, como o da Coreia do Sul, ajudam a elevar o volume exportado.
Os sul-coreanos compraram 154 milhões de litros nesta safra, mas a liderança ainda é dos EUA. Os americanos importaram 266 milhões de litros no período no Brasil.
Padua acredita que as exportações de etanol devam atingir 1,6 bilhão de litros nesta safra 2018/19.
As receitas obtidas com as vendas externas, que já somaram US$ 95 milhões nas primeiras semanas de agosto, conforme dados da Secex, poderão atingir US$ 168 milhões no mês.
As usinas da região centro-sul venderam 9,3 bilhões de litros de etanol de abril a julho. Segundo a Unica, 6,2 bilhões foram de etanol hidratado —38% mais do que em igual período de 2017.
*Texto extraído da coluna Vaivém das Commodities.
Fonte: Folha de S. Paulo – 21/08/2018
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