26 de Janeiro de 2017
Notícias
O ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, trabalha com a perspectiva de um superávit comercial de US$ 50 bilhões em 2017, superando o saldo positivo do ano passado.
“A perspectiva desse ano é que haja superávit novamente e que o valor absoluto seja superior ao do ano passado. Algo em torno de US$ 50 bilhões”, disse Pereira. Para o ministro já há sinais de retomada da economia no próximo semestre e o câmbio deve favorecer importações. Por outro lado, o diálogo com as federações das indústrias indica um crescimento das exportações.
Em 2016 a balança comercial brasileira teve um saldo positivo de US$ 47,7 bilhões, o melhor resultado da série histórica iniciada em 1989. O recorde anterior era de 2006 e somava US$ 46,4 bilhões. O saldo foi recorde, mas foi conseguido principalmente graças a um forte recuo de 20,1% nas importações. Já as exportações caíram 3,5%.
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de retirar o país da Parceira Transpacífico (TPP, na sigla em inglês) pode ser positiva para o Brasil, especialmente para a exportação de produtos agrícolas, mas o protecionismo norte-americano é preocupante, avaliou o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Em uma de suas primeiras medidas após tomar posse, Trump determinou esta semana a saída dos EUA do TPP, cumprindo uma promessa de campanha. O acordo fora firmado pelo governo Barack Obama, e os países integrantes formariam um dos maiores blocos comerciais do mundo.
Segundo Pereira, com a saída dos EUA abre-se uma boa oportunidade para o Brasil preencher um vazio deixado pela maior potência do planeta, especialmente para o agronegócio nacional, que é altamente competitivo.
“Entendemos que na área do agronegócio, abre-se uma oportunidade grande para o Brasil. Poderemos avançar em outras áreas também com os países, e esse será o nosso foco no comércio exterior”, disse o ministro a jornalistas.
A rejeição ao bloco comercial do Pacífico fazia parte da promessa de campanha de Trump de proteger e fortalecer a indústria local norte-americana e estimular a geração de empregos nos Estados Unidos. Se por um lado o Brasil pode ter benefícios com a saída dos EUA do TPP, a política protecionista do presidente norte-americano é vista com preocupação pelo ministro.
Pereira destacou que, justamente no momento em que o Mercosul negocia medidas para tornar o bloco mais aberto, as barreiras comerciais a serem criadas por Trump podem prejudicar esse impulso expansionista.
“No momento em que o Brasil e o Mercosul começam a se abrir, em que vamos tentar avançar no acordo com a União Europeia ainda, se possível, nesse ano. Com todos mais abertos, vem a maior economia do mundo se fechando, essa é uma preocupação”, disse.
(Fonte: Diário do Comércio – 26/01)
Veja também
18 de Abril de 2024
Futuro do setor bioenergético brasileiro é tema de debate da Revista CanaOnlineNotícias
18 de Abril de 2024
Brasil apoia iniciativa indiana para sediar Aliança Global de BiocombustíveisNotícias
18 de Abril de 2024
Produtores brasileiros de etanol podem ser os primeiros beneficiados da indústria de SAFNotícias