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CNA diz que país não pode abrir mão de relações comerciais com a China

06 de Dezembro de 2018

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A superintendente de Relações Internacionais da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Lígia Dutra, enfatizou nesta quarta-feira que o Brasil não pode abrir mão das relações comerciais com a China, seu principal parceiro comercial.

Ela também disse acreditar que barreiras comerciais impostas por Pequim ao frango e ao açúcar brasileiro deverão ser sanadas pelo novo governo ainda que o presidente eleito Jair Bolsonaro tenha adotado em sua campanha eleitoral um discurso considerado hostil aos chineses.

“Nossa expectativa é resolver esses problemas, porque a China precisa do Brasil e nós precisamos muito deles. A expectativa de relação com a China é a melhor possível, porque não temos mais como se desassociar do crescimento da China e os produtores estão, nessa linha de frente”, afirmou Lígia, durante evento de fim de ano da CNA.

Por outro lado, a superintendente das CNA frisou que, além da China e da União Europeia, o Brasil também necessita diversificar cada vez mais sua pauta de exportações de produtos agropecuários para outros mercados.

Ela defendeu também que o país priorize não somente embarques de itens do agronegócio brasileiro já largamente exportados, como soja e carnes, mas também outros produtos, como lácteos e frutas.

“A grande expectativa do setor no ano que vem é maior inserção no mercado internacional. Temos dificuldade tremenda de negociar certificados sanitários, por exemplo. Estamos há oito anos negociando as exportações de melão para a China, isso precisa mudar”, afirmou Lígia.

Valor Econômico - 05/12/2018

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