28 de Junho de 2019
Notícias
O Conselho Monetário Nacional (CMN) aprovou nesta quinta-feira as resoluções que regulamentam o aumento das taxas de juros pré-fixadas com recursos controlados e as regras de funding de crédito rural no âmbito do Plano Safra 2019/20, anunciado pelo governo na semana passada e que reservou mais de R$ 200 bilhões para a temporada que terá início em 1º de julho.
Mas houve algumas novidades. Uma delas é que o CMN decidiu que as taxas pós-fixadas de juros nas operações de crédito rural que não tiveram adesão significativa de produtores rurais passarão a valer apenas para operações de investimentos na safra 2019/20.
O colegiado de ministros do CMN confirmou que os juros pré-fixados das operações com recursos controlados (depósitos à vista e poupança rural) serão de até 8% ao ano para grandes produtores. Para as linhas do Pronamp (médios produtores), as taxas serão de 6% nas operações de custeio agropecuário e de 7% para investimentos.
Já os contratos do Pronaf (agricultura familiar) terão taxas de 3% e 4,6% ao ano em suas diversas linhas voltadas para pequenas agroindústrias, jovens, atividade extrativista, alimentos básicos etc.
“Na próxima safra, a distribuição de subvenção será maior para os pequenos do que para agricultores empresariais. E assim conseguimos converter uma situação em que os grandes tinham mais recursos. O foco agora será em pequenos e médios”, afirmou o subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, Rogério Boueri.
No caso do Moderfrota, principal linha de crédito rural subsidiada pelo governo voltada a investimentos (compra de máquinas e implementos agrícolas), as taxas serão de 8,5% e 10,5% ao ano. A partir da safra 2019/20, o limite do valor financiável das máquinas cairá para 85%, ante 90% em 2018/19. O maquinário enquadrado no Moderfrota também não poderá ser financiado com recursos do Pronamp, o que era permitido.
Entre outras linhas de investimento, as taxas de juros pré-fixadas das linhas do Funcafé também foram confirmadas em 7% e 9,5% ao ano, enquanto as taxas do Programa ABC (Agricultura Baixo Carbono) serão de 5,25% e 7% ao ano, e as do PCA (armazenagem) serão de 6% e 7% ao ano.
Valor Econômico - 27/06/2019
Veja também
18 de Abril de 2024
Futuro do setor bioenergético brasileiro é tema de debate da Revista CanaOnlineNotícias
18 de Abril de 2024
Brasil apoia iniciativa indiana para sediar Aliança Global de BiocombustíveisNotícias
18 de Abril de 2024
Produtores brasileiros de etanol podem ser os primeiros beneficiados da indústria de SAFNotícias