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Clima deve fazer safra de cana 2018/19 no Centro-Sul do Brasil cair para 580 mi t

08 de Novembro de 2017

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O Centro-Sul do Brasil, maior região produtora de açúcar do mundo, deve registrar uma menor safra de cana no próximo ano em razão de adversidades climáticas, que impactaram o desenvolvimento das plantações, disse a consultoria Datagro nesta terça-feira.

A moagem de cana pelo centro-sul na temporada 2018/19 deve cair para 580 milhões de toneladas, de 601 milhões na safra vigente de 2017/18, volume que, por sua vez, já é inferior na comparação com o do ciclo passado, de 617 milhões de toneladas.

O presidente da Datagro, Plinio Nastari, disse esperar uma grande mudança no mix de produção em favor do etanol, o que levaria a produção de açúcar no centro-sul em 2018/19 a cair para 32,6 milhões de toneladas, ante uma projeção revisada de 36,4 milhões de toneladas para 2017/18.

"Tivemos até 120 dias sem chuvas em algumas áreas neste ano. Isso causou incêndios e desenvolvimento irregular dos canaviais", disse Nastari a repórteres na última terça-feira durante uma conferência da indústria em São Paulo.

Etanol

Apesar de uma safra de cana e de uma produção de açúcar menores, a Datagro projeta uma produção estável de etanol de cana no próximo ano, em 25,3 bilhões de litros, já que as usinas devem alocar maior parcela de matéria-prima para o biocombustível.

A consultoria prevê um mix de 44 por cento da oferta de cana para produção de açúcar em 2018/19, ante 47 por cento na temporada atual.

"Estamos surpresos em ver quão rápido as usinas mudaram o mix recentemente", afirmou Nastari.

As usinas no Brasil têm reduzido a produção de açúcar e elevado a fabricação de etanol desde que o biocombustível passou a dar melhores retornos.

As unidades têm certa flexibilidade para alterar o mix de produção, geralmente indo de um mínimo de 40 por cento para um máximo de 60 por cento para produção de etanol.

Considerando a produção menor no centro-sul, a Datagro reduziu sua projeção de superávit global de açúcar no ciclo 2017/18 (outubro a setembro). A consultoria cortou sua estimativa anterior de um excedente de 2,95 milhões de toneladas (valor bruto) para um de 430 mil toneladas.

(Fonte: Reuters – 07/11/17)

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