04 de Agosto de 2017
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Diferente das safras anteriores, o Paraná, quinto maior produtor de cana-de-açúcar do País, iniciou a safra 2017/18 mais tarde este ano, entre março e abril. O grande volume de chuvas e a quebra de produção em 2016 foram os responsáveis pelo atraso.
"Se compararmos com o mesmo período do ano passado, estamos com 30% de atraso", afirma Miguel Rubens Tranin, presidente da Alcopar, a Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná.
Devido à ocorrência de geadas no inverno e ao baixo volume de chuvas no verão - padrão climático fundamental para o crescimento da cana-de-açúcar - houve uma quebra significativa na produtividade. "No ano passado, durante a safra, foram observados pontualmente os maiores índices pluviométricos dos últimos trinta anos", destaca Tranin.
A produtividade das lavouras também tem sido afetada pela mecanização da colheita, que devido ao pisoteio excessivo, prejudicou a rebrota e a longevidade da lavoura. "A baixa renovação, em torno de 10%, também tem acelerado o envelhecimento dos canaviais paranaenses", salienta o presidente.
O setor sucroenergético tem mostrando grande mobilidade na diversidade de produtos. Atualmente a cana atua em várias frentes como bioeletricidade, biomassa e etanol de segunda geração, por exemplo. "A planta da cana tem que ser aproveitada na sua totalidade, porém devemos evoluir nessas alternativas com tecnologia e resultados consolidados", conclui Tranin.
Um recomeço para o setor de cana, açúcar e etanol será um dos temas discutidos na 17ª Conferência Internacional Datagro sobre açúcar e etanol, que acontece nos dias 06 e 07 de novembro, em São Paulo. Confira a programação completa do evento.
(Fonte: Datagro – 04/08/17)
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