03 de Março de 2017
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Graças ao impulso dado pelas commodities, a China tornou-se o maior mercado para as exportações brasileiras no primeiro bimestre deste ano. O país asiático tomou o lugar da União Europeia como principal destino dos produtos brasileiros.
O desempenho de exportações fez também mudar o sinal do saldo no comércio com as duas regiões. O déficit de US$ 75 milhões no primeiro bimestre com o bloco europeu no ano passado deu lugar a superávit de US$ 440 milhões nos dois primeiros meses deste ano. Nas trocas com a China, o déficit de US$ 490 milhões transformou-se em saldo positivo de US$ 2,37 bilhões no mesmo período.
"Há uma "recomposição parcial" nos preços das commodities, especialmente minerais, mas esse movimento se dá em cima de uma base de comparação muito fraca, avalia o secretário de Comércio Exterior, Abrão Neto. Diz que as cotações de diversos produtos haviam atingido o menor patamar em mais de uma década no primeiro bimestre de 2016.
O secretário lembrou que o petróleo estava com seus preços mais baixos desde 2004, o minério de ferro desde 2005 e a soja em grão desde 2007. Nos dois primeiros meses de 2017, as exportações tiveram aumento de 21,5% em preço e queda de 0,9% em volume ante igual período do ano passado, segundo o Mdic.
"De qualquer forma, o preço atual de 2017 ainda está no patamar de 2015, que não é o ápice de cotação nos últimos anos", afirma o secretário. Ele avalia que a recuperação de preços do petróleo parece ter mais "consistência", devido ao acordo entre os países produtores integrantes da Opep, mas acredita que ainda é preciso acompanhar com atenção a evolução das cotações do minério de ferro.
Abrão Neto descartou, porém, o fortalecimento do real como principal razão para o movimento das importações. "O câmbio é sempre um fator importante no comércio exterior, mas demora um tempo para se refletir". Segundo ele, quando há valorização cambial, o primeiro efeito costuma ser sentido no aumento dos bens de consumo importados. Não é isso, entretanto, diz, o que tem acontecido.
O maior crescimento das importações, no primeiro bimestre, veio de bens intermediários e de combustíveis - com alta de 19,5% e de 11,5% sobre igual período do ano passado. Na mesma comparação, houve queda de 28,5% nas compras de bens de capital e de 1,5% dos bens de consumo.
(Fonte: Valor – 3/3)
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