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China planeja encerrar as vendas de carros movidos por combustíveis fósseis

11 de Setembro de 2017

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Agora chegou a vez da China. Após Índia, França, Reino Unido, Holanda, Noruega e Alemanha, entre outros, anunciarem o banimento das vendas de carros movidos por gasolina e diesel, o maior mercado do mundo em volume já prepara o fim definitivo para os carros comuns. De acordo com o site Automotive News, o governo de Pequim prepara o terreno para estabelecer um prazo para os fabricantes de veículos iniciarem a mudança dos automóveis a gasolina ou diesel para elétricos.

O objetivo é forçar uma aceleração no desenvolvimento, pesquisa e produção de carros elétricos, a fim de que as vendas de veículos movidos por combustíveis fósseis diminuam gradualmente até que o mercado alcançar 100% dos emplacamentos de veículos equipados apenas com baterias de lítio ou tecnologia mais sofisticada. Pequim quer um mercado livre de emissões.

De acordo com o governo, neste momento estão sendo mantidas conversas entre os políticos e os técnicos dos órgãos reguladores para que se alcance uma data viável para a imposição da proibição de carros novos movidos por combustíveis não alternativos. Para a administração central, o impacto do fim dos carros a gasolina e diesel na China será enorme e terá um alcance global.

Isso porque atualmente o país é o centro das atenções do mundo automotivo, pois além de ser o maior em volume, cresce em níveis superiores aos demais players mundiais, sustentam bilhões de dólares em lucros para os fabricantes globais. Esse impulso na produção de carros elétricos reduzirá os custos globais de forma agressiva nos próximos anos, ajudando assim a acelerar o fim de motores convencionais nas próximas duas décadas.

Impor uma data agora provavelmente forçará outros grandes mercados na mesma direção, dado a grande importância da China no cenário mundial. Provavelmente os EUA deverão manter-se distantes de prazos para o fim dos carros convencionais, mas com Europa, Índia e possivelmente o Japão seguindo no mesmo caminho, a pressão dos custos sobre as operações americanas será enorme, quando o restante do mundo estiver extinguindo os combustíveis fósseis veiculares.

Para a China, em particular, acabar com gasolina e diesel nos carros novos significará também reduzir e, num futuro distante, encerrar as importações de petróleo, da qual o país é extremamente dependente. No momento, o país já impôs metas de produção anual para carros elétricos, que serão cada vez mais elevadas com o passar dos anos. Os fabricantes tentam adiar o máximo essas mudanças, mas sem o país, nenhuma grande montadora quer ficar de fora.

E o Brasil? As mudanças aqui devem demorar, mas algumas datas servem como aviso de que até o país não poderá fugir muito desse destino. O ano de 2025 será o derradeiro para os carros comuns na Holanda e Noruega. Já 2030 é cogitado na Alemanha e anunciado para a Índia. França e Reino Unido partem para 2040. Então, quando o Rota 2030 chegar ao fim, como o Inovar-Auto agora, teremos ou não uma política voltada totalmente para a emissão zero?

(Fonte: Notícias Automotivas - 10/09/17)

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