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China e Brasil provocam guerra comercial mundial sobre biocombustíveis

11 de Setembro de 2017

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Matéria publicada na quarta-feira (6) pelo Washington Post lembra que ao longo de sua campanha, o presidente Trump expressou apoio inabalável ao etanol dos EUA.

O jornal Times analisa que agora que ele está na Casa Branca, os líderes da indústria dizem que é hora de Trump fazer valer suas palavras com a ação, retornando fogo contra o Brasil e a China no que cada vez mais parece uma guerra comercial global sobre os biocombustíveis.

Segundo a reportagem a administração de líderes do setor de etanol, diz que está pensando sobre como responder à penalidade da China sobre as importações de etanol e, mais recentemente, uma mudança do Brasil para bater uma tarifa de 20% em todo o etanol americano após uma cota de 600 milhões de litros.

Espera-se que ambas as tarifas causem estragos na indústria de etanol dos EUA, que é altamente dependente dos mercados de exportação em crescimento na China, no Brasil e em outras nações ao redor do mundo.

Nem o Departamento de Comércio nem o escritório do Representante de Comércio dos EUA responderam aos pedidos de comentários sobre como a administração pode responder. Mas a pressão sobre a Casa Branca pode acelerar alguma decisão sobre como agir com China e Brasil, aponta WT.

"No geral, como uma indústria, queremos que o nosso governo dos EUA responda e queremos ver uma resposta de igual magnitude da perda econômica que veremos com esta tarifa", disse Emily Skor, CEO da Growth Energy, uma associação comercial que representa produtores de etanol.

"Estamos começando a conversar com o governo dos Estados Unidos para entender quais são as opções que estão na mesa", acrescentou a resposta potencial à tarifa do Brasil.

O movimento do Brasil, disseram os analistas, é uma resposta aos próprios produtores de etanol de cana do país, que pressionaram o governo para manter os produtos americanos e instituir medidas protecionistas tornando seus produtos mais competitivos. O Brasil é o principal inimigo dos EUA no mercado mundial de produção de etanol, destaca Washington Times.

Da mesma forma, a China está observando um aumento importante em sua própria produção de etanol, o que levou o país a cobrar grandes direitos sobre as importações americanas de etanol e grãos de destiladores secos, acrescenta o diário.

Tal como o Brasil, a China está agindo contra as importações dos EUA, porque percebe que sua própria indústria não pode se manter em condições de igualdade, conclui.

"Eles têm grãos excedentes que estão tentando usar. Eles não poderiam competir com o etanol dos EUA e nossos subprodutos alimentares ", disse Bob Dinneen, presidente e CEO da Associação de Combustíveis Renováveis, o principal grupo de comércio da etanol.

(Fonte: Jornal do Brasil – 06/09/17)

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