26 de Julho de 2018
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A partir de 1º de agosto, o IPI de carros elétricos e híbridos passa a variar de 7% a 20% com o decreto assinado pelo governo federal no começo de julho, no mesmo dia em que foi anunciado o Rota 2030. O imposto anterior ia de 7% a 25%, com tributação mais pesada principalmente para os modelos equipados com propulsão elétrica pura. Tabela elaborada pela Anfavea mostra como a tributação será aplicada.
Por exemplo, os veículos híbridos com motor a gasolina com eficiência energética melhor, que apresentarem consumo de energia inferior ou igual a 1,10 MJ/km, pagarão menos IPI, em três alíquotas de 9%, 10% e 11%, aplicadas a três faixas de peso: até 1.400 quilos, de 1.400 e 1.700 kg e acima de 1.700 kg, respectivamente. A alíquota vai variar em 12%, 13% e 15% no caso dos modelos com consumo de 1,11 MJ/km a 1,68 MJ/km e oscilar entre 17%, 19% e 20% para os que apresentarem eficiência menor, com demanda acima de 1,68 MJ/km.
No caso dos elétricos, as tarifas são menores, mas também acompanham as mesmas três faixas do peso do automóvel. Os veículos com eficiência energética de até 0,66 MJ/km recolhem 7%, 8% e 9% de IPI. O tributo sobe para 10%, 12% e 14% quando a eficiência fica entre 0,67 MJ/km e 1,35 MJ/km. Os elétricos menos eficientes, com consumo energético superior a 1,35 MJ/km, recolhem de 14%, 16% e 18% de IPI.
Montadoras ainda não redefiniram estratégia
Por enquanto, as montadoras ainda estão calculando o impacto da medida na estratégia de veículos elétricos para o Brasil. A Renault, pioneira na oferta de modelos com a tecnologia localmente para frotas corporativas, ainda não divulga posicionamento sobre o tema.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Toyota confirmou que sua estratégia local de eletrificação seguirá focada em veículos híbridos – e está em testes o Prius híbrido com motor flex a etanol, que recolhe menos IPI do que o modelo com motorização a gasolina.
A BMW foi a única marca a se pronunciar recentemente sobre o tema. O presidente da companhia no país, Helder Boavida, declarou que o preço do i3, hatchback elétrico da marca, não vai diminuir com a mudança do imposto. “O tributo é só um componente na composição do valor que cobramos. Com a desvalorização do real, importar o carro fica cada vez mais caro”, diz.
Segundo ele, a mudança não tem impacto sobre o preço do i3 porque a BMW vende no Brasil as versões REX do modelo, equipadas com um motor bicilíndrico que funciona como extensor de autonomia para o propulsor elétrico. O carro é categorizado pelo governo como híbrido e, portanto, já recolhe alíquota menor de IPI do que os 25% cobrados até então dos carros elétricos.
Fonte: Automotive Business – 26/07/2018
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