26 de Setembro de 2017
Notícias
O pesquisador Carlos Alberto Mathias Azania e a engenheira agrônoma Renata Morelli juntos para criar uma nova metodologia de capacitação de colaboradores no campo
Um estudo conduzido pela Universidade de Cambridge, em parceria com a Universidade de Estocolmo, em diversas empresas ao redor do globo concluiu que organizações de alta performance procuram focar na gestão humana e no engajamento dos colaboradores para obter maiores produtividades.
Para a engenheira agrônoma Renata Morelli, grande parte das empresas agrícolas brasileiras ainda não tem esse tipo de olhar sobre o assunto. “Colaboradores engajados respondem melhor aos estímulos externos e internos, se adaptam mais e são altamente estimulados e facilitados a entregar uma alta performance. No final, tudo isso se traduz em aumento de produtividade”.
Para Renata, um dos pilares fundamentais para impulsionar o engajamento dentro das corporações é o treinamento. “Um conteúdo bem produzido e de fácil entendimento quebra paradigmas, permitindo que o colaborador crie ferramentas que resolvam os problemas inerentes ao processo de forma mais eficiente e satisfatória. ”
Mas, no setor sucroenergético nacional, existem certos empecilhos que atrapalham o correto treinamento dos colaboradores. Muitas vezes, as ações de capacitação, sejam da própria empresa ou de parceiras, acabam sendo pontuais, já que é praticamente impossível retirar uma equipe inteira de trabalho durante uma semana para realizar uma capacitação adequada. O que ocorre, na maioria das vezes, são palestras especificas sobre determinado assunto que duram, no máximo, algumas horas.
“Além de ser um tempo insuficiente para que a informação seja transmitida em sua totalidade, o assunto só será abordado, novamente, dentro de um ou dois anos. Ou seja, o colaborador permanece por um longo período de tempo sem acesso a informações relevantes”, destaca Renata.
Ela afirma que, nos dias atuais, as usinas e agrícolas exigem profissionais proativos, com iniciativa, que sabem trabalhar em equipe e que possuam responsabilidade de entrega. Mas que isso apenas virá quando acabar as ações de capacitação pontuais e os investimentos sejam direcionados para que haja frequência das mesmas.
“Ações pontuais ficam isoladas. O conteúdo precisa ser intermitente e acessível, estando dia a dia com o colaborador. Apenas assim, será possível gerar inovação na forma de pensar das equipes de trabalho”.
(Fonte: CanaOnline – 26/09/17)
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