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CANAVIAL: Museu em BH destaca o valor da cana de açúcar

23 de Março de 2018

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A cana-de-açúcar ocupa um lugar de destaque no Museu de Artes e Ofícios, localizado em Belo Horizonte, na Praça da Estação (Centro da capital). Vale lembrar que essa cultura representa o segundo grande ciclo econômico brasileiro (o primeiro é a extração do pau brasil), no século XVI e mostra-se relevante em toda história nacional.

Somam duas áreas onde os visitantes encontram ferramentas, máquinas e equipamentos carregados de muita história. No “Jardim das Energias” estão expostas duas grandes moendas de cana-de-açúcar do século XIX, movidas manualmente e por bois. De acordo com o funcionário do Sesi/FIEMG (atual mantenedor do Museu), Rafael Pereira Santos, elas são do período pré-industrial e de tamanho bem maior do que as que serviam para atendimento doméstico.

“A moenda de cana movida por bois remonta do período pré-industrial e já mostra a busca da otimização da produção ainda que relativamente pequena, mas maior que outros tipos manuais para atendimento doméstico”, destacou Rafael. 

A responsável pela parte educativa do Museu, Fabrícia Oliveira Silva, diz que a moenda está no “Jardim das Energias” também porque a cana continua sendo uma importante fonte de energia renovável para o país, seja através do etanol e da bioeletricidade, energia elétrica do bagaço de cana”. 

Já na parte de “Ofícios da Terra” são expostas formas, cochos, alambiques e outras ferramentas e equipamentos utilizados no processo de transformação da cana em açúcar, rapadura ou cachaça. O museu montou, também, uma área de plantio de cana para que os visitantes mais jovens possam conhecer a planta.

Acervo do Museu

Aberto ao público em janeiro de 2006, o Museu de Artes e Ofícios ocupa um espaço de mais de 15.000 m² – sendo mais de 9.200 m² de área construída. Ele foi fundado pelo Instituto Cultural Flavio Gutierrez, que administrou o local até 2016, e depois passou o “bastão” para o SESI da Federação das Indústrias de Minas Gerais (FIEMG).

A coleção que deu origem ao Museu de Artes e Ofícios, formada por peças originais dos séculos XVIII ao XX, foi iniciada há cerca de cinquenta anos pelo engenheiro Flávio Gutierrez, pai de Ângela Gutierrez, idealizadora do Museu e Presidente do Instituto Cultural Flávio Gutierrez.

Ao longo dos anos, as peças reunidas passaram por um processo de restauração, conservação e pesquisa, com investimento da própria colecionadora. Novas peças vêm sendo incorporadas ao acervo por meio de doações dos visitantes e interessados.

O acervo do Museu é tombado pelo IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e a coleção constituída foi doada ao patrimônio público em 2005.

Site: www.mao.org.br

Leia o jornal CANAVIAL / SIAMIG, número 37, referente ao mês de janeiro, fevereiro e Março de 2018, clicando AQUI.

Fonte: SIAMIG – Março 2018

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