15 de Janeiro de 2019
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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG), Flávio Roscoe, diz que são positivas as expectativas do setor com o governador Romeu Zema. “O novo governo assume consciente do que precisa ser feito para Minas Gerais voltar a crescer e para que os trabalhadores recuperem os empregos perdidos. A FIEMG acredita que é tempo de avançar – afinal, nenhuma crise é maior que os mineiros”, garante o presidente Flávio Roscoe.
O presidente da FIEMG também alerta que a retomada do crescimento econômico do estado é essencial e, necessariamente, precisa ser sustentada por dois pontos principais: a melhoria do ambiente de negócios e a modernização da legislação ambiental. “É imprescindível que haja um melhor ambiente de negócios, que traga mais estímulo para investimentos. E o equacionamento de questões relativas ao meio ambiente é fundamental para assegurar a Minas Gerais isonomia na disputa com outros estados por investimentos no setor produtivo” afirma Roscoe. E acrescenta: “Hoje, a legislação ambiental brasileira se preocupa mais em punir do que estimular boas práticas. Leis se sobrepõem, regras mudam a cada instante, gerando custos e insegurança jurídica”.
O presidente da FIEMG também aponta a questão tributária como fator de desestimulo aos empresários interessados em implantar novos projetos produtivos: “Empreendedores que se animem a começar um novo negócio terão que encarar mais de 90 tipos de impostos que geram enormes custos burocráticos e acabam por afugentar investidores e a reduzir a competitividade das empresas. E com isso emperram e paralisam a atividade econômica”, adverte Roscoe.
Reformas estruturais
Estudos realizados pela FIEMG indicam a retomada de Minas Gerais e do Brasil em 2019. As projeções mostram que o Produto Interno Bruto (PIB) do país deve crescer ao redor de 2,53%, enquanto a produção industrial no Brasil pode crescer 3,02%. Para Minas Gerais, a previsão é de que o PIB cresça 3,3% e que a produção industrial suba 5,1% no próximo ano.
Para que estas projeções se concretizem é preciso fazer reformas estruturais que vem sendo postergadas há muitos anos, o que contribui para o agravamento da crise econômica e financeira. Flávio Roscoe afirma: “A expectativa de alta para as economias brasileira e mineira, em 2019, tem como pressuposto fundamental a realização de uma série de grandes reformas nos campos tributário, das relações trabalhistas e previdência social”.
A reforma mais importante e urgente, diz o presidente da FIEMG, é a da Previdência “Hoje, quando o dia terminar, o Brasil terá perdido mais de 63 milhões de reais por ainda não ter feito a reforma da Previdência. Anualizado, este prejuízo diário alcançará, ao final de 2019, 22,8 bilhões de reais. Nenhuma nação suporta isso. Minas e o Brasil precisam recuperar o tempo perdido e a capacidade de investir. Não dá mais para esperar o amanhã”, adverte o presidente da FIEMG.
Nenhuma crise é maior que os mineiros
Um dos pontos destacados pelo presidente da FIEMG para que as mudanças esperadas por todos os mineiros aconteçam é a participação da sociedade. Segundo o líder empresarial, quem dará o tom da transformação do Brasil e Minas gerais são os cidadãos e que o empresariado possui papel preponderante nesse contexto.
“É necessário, que além da articulação empresarial, haja um trabalho de diálogo com a sociedade, uma vez que muito do que é visto no quadro atual se dá pela omissão de atores importantes socialmente, é hora de se alterar esse contexto”, pontua Flávio Roscoe.
Para o empresário, não adianta mais demonstrar apenas uma indignação “passiva” no “sofá de casa” em relação à situação do país. “É imprescindível que seja feito um trabalho com todas as esferas da população, algo que transcenda os interesses apenas dos empresários ou de uma classe específica e vise o bem-comum.
Por isso, a FIEMG lidera a campanha #emfrenteminas, justamente para ressaltar para a população o quanto os mineiros serão e são importantes para garantir um novo tempo para Minas Gerais”, pontuou.
Fonte: FIEMG
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