26 de Maio de 2022
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Das cerca de 70 toneladas de hidrogênio produzidas mundialmente, segundo o International Energy Association (IEA), 76% são produzidas a partir do gás natural, que é de origem fóssil e contribuinte às emissões de gases de efeito estufa. Com a tecnologia brasileira, a expectativa é substituir a forma de produção pelo aproveitamento da torta de filtro e vinhaça. Assim, ao trocar o gás natural pelo biometano, o hidrogênio cinza – de origem fóssil, sem captura de CO2 – se torna hidrogênio verde.
“É a possibilidade de explorarmos o grande potencial da agricultura brasileira para produzir o gás do futuro em escala”, diz Alessandro Gardemann, CEO da Geo Biogás & Tech, empresa que desenvolveu a fabricação do novo hidrogênio verde a partir da reforma do biometano. A descoberta foi feita em parceria com a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
De acordo com a Associação Brasileira do Biogás (ABiogás), do qual Gardemann também é o presidente, o Brasil tem potencial para produção de 20 mil toneladas por dia de hidrogênio verde a partir de biometano, ou sete milhões de toneladas por ano. No entanto, a própria Abiogás aponta que menos de 4% do potencial brasileiro é aproveitado, e o segmento sucroenergético tem papel relevante nesse potencial.
Com a comprovação do uso dos resíduos para cana para criação do biohidrogênio, o executivo considera que é questão de tempo para que a produção ganhe escala. O que falta, por enquanto, é a expansão das tecnologias e da própria infraestrutura para que a fabricação seja expandida e a comercialização aconteça.
Fonte: Globo Rural – 24/05/22
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