23 de Maio de 2017
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Geralmente quando se pensa em carrão híbrido é de um motor à gasolina e outro movido a eletricidade, responsável por auxiliá-lo. Mas, o que ainda não existe, no seleto mundo dos carros híbridos, é um carro em que um dos motores seja movido por uma combinação entre eletricidade e a tecnologia flexfuel, que combina vários combustíveis.
Essa combinação inédita pode se tornar realidade em um futuro próximo e depende da boa vontade de montadoras que tenham interesse em investir em uma parceria com a Universidade de São Paulo (USP), que está à frente do projeto.
Segundo a agência de notícias USP, o Fapesp-Shell Research Centre for Gas Innovation (RCGI), que fica dentro da Escola Politécnica da USP (Poli), a ideia é criar um carro híbrido/flex, a partir da adaptação de um veículo híbrido. A iniciativa permitirá a criação do primeiro carro híbrido flex do mundo, podendo impulsionar o uso da tecnologia híbrida no Brasil.
Hoje, existem apenas cinco modelos de carros híbridos à venda no Brasil: Toyota Prius, Lexus CT200h, Ford Fusion Hybrid, Mitsubishi Outlander PHEV e BMW i8. Esse cenário, composto por veículos ainda muito caros, - o Prius é o mais barato deles e custa cerca de R$ 120 mil - pode mudar totalmente com a popularização desse tipo de tecnologia.
"Estamos procurando um fabricante de veículos que se interesse por esse projeto, no qual já temos como parceiro o Instituto Mauá de Tecnologia", adianta o diretor científico do RCGI, Julio Meneghini. De acordo com o profissional, as tratativas iniciais envolvem dois fabricantes, para que se possa transformar o veículo. "A seguir, passaremos a adaptá-la para gás natural e biometano”, acrescenta.
A ideia dos pesquisadores é adaptar o veículo híbrido para que ele possa utilizar como combustível gasolina pura, a gasolina nacional, que tem 27% de etanol anidro, o etanol hidratado, o gás natural comprimido e o biometano - este último, um biogás purificado, de onde são removidas partículas de dióxido de carbono e outros gases prejudiciais ao meio ambiente.
Ainda de acordo com Meneghini, a tendência é que os carros no Brasil sejam flexfuel, sobretudo usando gasolina e etanol, eventualmente podendo utilizar gás natural e biometano.
(Fonte: Blasting News - 22/05/17)
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