14 de Janeiro de 2020
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou financiamento de R$ 97,1 milhões ao Grupo Cocal, que possui duas usinas sucroalcooleiras no oeste paulista, para implantar uma planta de biogás e geração de energia elétrica em sua unidade em Narandiba (SP).
O financiamento corresponde a 69% do investimento total, no valor de R$ 139,7 milhões. Cerca de R$ 30 milhões do empréstimo aprovado são recursos provenientes do Fundo Clima.
A planta de biogás utilizará como matérias-primas a palha da cana e dois resíduos do processo de produção de etanol — a torta de filtro e a vinhaça. A unidade terá capacidade de produzir até 33 milhões de metros cúbicos de biogás ao ano.
Metade da produção será usada na geração de energia em uma térmica a gás e metade na produção de biometano. A unidade de cogeração de energia a partir de biogás terá capacidade de entregar para o Sistema Integrado Nacional (SIN) 40 mil megawatts-hora (MWh) por ano via geração distribuída.
O biometano, por sua vez, será destinado à distribuidora de gás natural Gás Brasiliano, do sistema Petrobras, que atende 375 municípios do Estado de São Paulo, e ainda abastecerá a frota de veículos do grupo, como caminhões, colheitadeiras e tratores.
O uso de biometano como combustível de veículos tem uma pegada de carbono 78% menor que a do diesel e 75% menor que a do gás natural, emitindo o equivalente a 20 gramas de gás carbônico por megajoule (MJ) de energia gerada.
Segundo a Associação Brasileira de Biogás (ABiogás), existem atualmente mais de 400 plantas de biogás no Brasil em operação, sendo que 70% da produção tem origem no setor de saneamento. Porém, segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o setor sucroalcooleiro é o que apresenta o maior potencial para a expansão do biogás, três vezes maior que o da agricultura e oito vezes maior que do saneamento.
Fonte: Valor Econômico 13-01
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