14 de Março de 2019
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Em 2018, a bioeletricidade se destacou como a terceira fonte mais importante na Oferta Interna de Energia Elétrica (OIEE) no Brasil. O Setor Sucroenergético contribuiu de forma efetiva para esse resultado, uma vez que do total de bioeletricidade ofertada para a rede, 82% foram produzidos a partir do bagaço da cana-de-açúcar. A informação consta no Boletim Mensal de Energia, divulgado pelo Ministério de Minas e Energia (MME).
Os números indicam que a geração hídrica permanece na liderança com 67% do total da OIEE, seguida pelo gás natural com 8,5%, com a fonte biomassa aparecendo na terceira posição, que gerou 52,5 TWh.
Apesar do resultado favorável no último ano, o gerente em Bioeletricidade da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA), Zilmar Souza, acredita que o desempenho poderia ter sido ainda melhor, não fosse a falta de regulação na metodologia de revisão da garantia física das usinas à biomassa, variável que determina a quantidade máxima de energia que uma usina pode comercializar no mercado.
Em nota, o dirigente da entidade ressalta que resolvidas tais questões judiciais, o setor de biomassa de cana pode ser crescer ainda mais na matriz.
"Recentemente, apresentamos propostas ao Ministério de Minas e Energia para melhorar esta questão da garantia física e estamos aguardando a avaliação. Acreditamos que resolvendo a judicialização no Mercado de Curto Prazo e com a definição de uma garantia física mais aderente às usinas, a bioeletricidade tenha capacidade para produzir 20% ou mais nas próximas safras, sem aumentar a capacidade instalada, apenas maximizando as possibilidades de geração com a biomassa própria e de terceiros", avalia Souza.
O Petroleo - 14/03/2019
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