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Belo Horizonte terá fábrica inglesa de bateria para carro elétrico

21 de Janeiro de 2019

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Belo Horizonte vai receber no ano que vem uma fábrica de células de bateria de lítio-enxofre que começa a operar até 2021. “A Oxis Energy é uma empresa britânica e vai trazer a sua primeira fábrica de células de bateria fora do Reino Unido para Belo Horizonte”, conta o subsecretário de Assuntos e Investimentos Estratégicos da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), Marcos Mandacaru.

A operação irá gerar ao menos 60 empregos, com a maioria das posições para engenheiros. “São vagas de alto valor agregado que podem gerar outros empregos indiretos”, explica Mandacaru, que se reuniu nessa terça-feira (15) com o CEO da Oxis Energy Huw W. Hampson-Jones.

A empresa está sendo atendida pela SMDE no projeto “Sala do Investidor”, em que a prefeitura oferece a empresas e investidores suporte para localização do investimento e conexão com potenciais parceiros. “No caso da Oxis, estamos auxiliando no processo de licenciamento ambiental. Porém, pretendemos atuar também apresentando outras empresas da cadeia produtiva. Um dos objetivos da sala do investidor é prospectar empresas para trazer para Belo Horizonte”, conta.

O presidente da Oxis Brasil, Roberto Galli, confirma que em 2020 a empresa iniciará sua operação e deve estar totalmente instalada em 2021. “Estamos finalizando em janeiro deste ano o projeto da fábrica em Belo Horizonte em parceria com a (empresa do Estado) Codemge”, afirma Galli. “A Oxis começou no Reino Unido há cerca de uma década, como uma startup de tecnologia. O objetivo inicial era desenvolver software e licenciar o produto para fabricantes de baterias. Mas, há cerca de dois anos, a Oxis iniciou uma parceria com a Codemge que permitiu a criação da Oxis Brasil e o projeto da fábrica”, explica. Segundo o executivo, a empresa estuda instalar a nova fábrica no Vetor Norte da capital mineira. Um galpão que abrigava uma fábrica de sapatos é um dos imóveis que estão sendo prospectados pela empresa britânica.

Parcerias. Segundo Galli, os investimentos estão vindo da matriz da Oxis e de um fundo da Codemge, porém as participações da empresa estrangeira e da estatal não foram divulgadas até agora por uma questão de confidencialidade. “As empresas são sócias e as participações serão divulgadas no futuro”, afirma o executivo.

Sala do investidor. Projeto da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico para atrair novos investidores e empresas para BH. Conta com a versão Sala do investidor digital, voltada para empresas de tecnologia.

Sala do empreendedor. Direcionada para microempreendedores individuais (MEIs). Em 2018, atendeu mais de 51 mil pessoas e formalizou 437 MEIs de vários setores.

PBH amplia incentivo fiscal para startups

Um decreto municipal publicado na semana passada deve desburocratizar o Programa de Incentivo a Instalação de Empresas (Proemp) da prefeitura de Belo Horizonte e aumentar o número de companhias que utilizam o benefício previsto pelo programa – que envolve diminuição de 60% no ISSQN e 10% no IPTU para empresas de tecnologia que venham se instalar na capital mineira. “Desburocratizamos e ampliamos as empresas que podem participar do programa. Agora, centros de pesquisa e desenvolvimento poderão utilizar o benefício. Também foram contempladas empresas de biotecnologia e desenho industrial”, conta o subsecretário da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico (SMDE), Marcos Mandacaru.

“O Proemp era tão burocrático que as empresas preferiam não usar”, afirma o presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação de Minas Gerais (Assespro-MG), Marcos Távora, que avaliou positivamente o decreto.

Fonte: O Tempo - 21/1

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