15 de Maio de 2018
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Os constantes aumentos no preço dos combustíveis têm sido motivo de protestos de caminhoneiros nas principais rodovias do país desde a última semana. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), na madrugada de ontem, por voltadas 2h, um grupo de caminhoneiros impediu a passagem de veículos de carga na BR–040, na altura do km 627, em Conselheiro Lafaiete, na região Central do Estado.
Situação semelhante ocorreu no km 617 da mesma rodovia, em Congonhas, na manhã de ontem. Outro grupo de caminhoneiros também ocupou o acostamento e as margens da BR–381, na altura do km 361, em João Monlevade, na região central do Estado, por volta das 9h.
Em todas as interdições, veículos de passeio, ônibus e caminhões com cargas perecíveis foram liberados. A PRF informou também que por volta das 15h todas as rodovias estavam liberadas. Foi o segundo protesto de caminhoneiros em menos de uma semana.
O principal motivo dos protestos da categoria é o aumento no preço do diesel. De acordo com o levantamento de preços da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), de 21 de abril a 12 de maio deste ano houve aumento de R$ 0,13 no preço do diesel, o que representa uma alta de 3,72% em menos de um mês. Esse percentual supera a inflação anual de 2,95% registrada em 2017.
Durante o mesmo período, segundo dados fornecidos pela Petrobras, houve um aumento de R$ 0,24 no preço do diesel repassado das refinarias para as distribuidoras, uma alta de 12%. No acumulado dos últimos seis anos, segundo a ANP, a alta no preço do diesel foi praticamente o dobro do percentual da inflação. Enquanto o preço do combustível nas bombas subiu 77% de 2012 até hoje, a inflação no mesmo período foi de apenas 38%.
Em nota, a Petrobras informou que os derivados do petróleo são commodities, e que, desde junho do ano passado, o preço repassado para as distribuidoras varia de acordo com o mercado internacional. Na nota, a Petrobras afirma ainda que o preço final ao consumidor depende de outros integrantes da cadeia de combustíveis.
Fonte: Jornal O Tempo – 15/05/2018
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