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Anfavea espera alta de 4% na venda de veículos em 2017

06 de Janeiro de 2017

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A indústria automotiva brasileira prevê uma alta de 4% na venda de automóveis, comerciais leves, caminhões e ônibus novos neste ano, para 2,13 milhões de unidades, informou nessa ontem (5) a Associação Nacional dos Fabricantes dos Veículos Automotores (Anfavea).

A expectativa da entidade era divulgar projeções mais otimistas para o desempenho do setor no Brasil este ano, mas a instabilidade política e os números da economia fizeram o setor ser mais cauteloso depois de sofrer em 2016 a quarta queda consecutiva nas vendas no País.

O presidente da Anfavea, Antonio Megale, disse, no fim do ano passado, que esperava um crescimento nas vendas de 2017 de um dígito robusto. “Tínhamos uma previsão que seria um número mais forte (para vendas), mas agora reduzimos para 4% em função do ambiente macroeconômico e, principalmente, o ambiente político que estamos enfrentando”, afirmou Megale.

Na última quarta-feira (4), o presidente da Federação Nacional de Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico de Assumpção Júnior, já havia manifestado avaliação semelhante ao divulgar uma projeção de crescimento de vendas de 2,3% para este ano.


Apesar da projeção contida nas vendas no mercado interno neste ano, a expectativa da Anfavea para a produção é mais vigorosa, de crescimento de 11,9%, para 2,41 milhões de unidades. Em 2016, a produção caiu 11,2%.

Parte da diferença entre as expectativas de vendas e produção foi atribuída por Megale a um esperado aumento de 7,2% das exportações brasileiras de veículos em 2017, para 558 mil unidades.

Além disso, o presidente da Anfavea também citou problemas enfrentados pela Volkswagen junto a fornecedores em 2016, que fizeram o grupo alemão deixar de produzir cerca de 130 mil veículos no País.

No entanto, a própria projeção de exportações do setor neste ano representa uma redução de ritmo frente ao crescimento de 24,7% das vendas externas do setor em 2016. Sobre isso, Megale afirmou que a base de comparação é desfavorável uma vez que o Brasil retomou exportações para seu principal mercado, a Argentina, no ano passado, e que neste ano os acordos de comércio envolvem mercados menores, incluindo Colômbia, Chile e Equador.

O crescimento de dois dígitos esperado para a produção não deve resultar na retomada de contratações pelo setor, que deve passar o ano em relativa estabilidade sobre o nível de emprego em 2016, de 121,2 mil funcionários, de acordo com Megale.

Segundo ele, o nível de ociosidade da indústria ainda é bastante elevado, o que impede uma retomada das contratações enquanto o mercado interno não acelera.

“Em 2016, as vendas de veículos novos do Brasil recuaram 20,2%, para 2,05 milhões de unidades, e o nível de ociosidade foi de 52%, com destaque para o segmento de caminhões, que ficou 75% desocupado”, disse Megale. 

(Fonte: Diário do Comérico – 06/01)

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