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Ambiente de incertezas dificulta recuperação da confiança

21 de Setembro de 2018

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O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) recuou 1,1 ponto frente a agosto (50,7pontos), registrando 49,6 pontos em setembro, segundo pesquisa divulgada nesta quinta-feira, 20/09, na sede da FIEMG.  O indicador, que de setembro de 2017 a maio de 2018 revelou empresários confiantes, foi inferior a 50 pontos pela terceira vez nos últimos quatro meses – valores abaixo de 50 pontos sinalizam falta de confiança. O índice caiu 5,4 pontos em relação a setembro do ano passado e ficou 2,0 pontos abaixo da sua média histórica (51,6 pontos).

Nota-se que o ritmo lento de recuperação da atividade econômica, somado ao quadro eleitoral indefinido, vem influenciando negativamente a confiança dos agentes econômicos. O ICEI nacional caiu 0,5 ponto entre agosto (53,3 pontos) e setembro (52,8 pontos). O ICEI é resultado da ponderação dos índices de condições atuais e de expectativas, que variam de 0 a 100 pontos. Valores abaixo de 50 pontos indicam percepção de situação pior e expectativa negativa para os próximos seis meses, respectivamente.

O indicador de condições atuais recuou 1,0 ponto em relação a agosto (45,7 pontos), registrando 44,7 pontos em setembro. O resultado, abaixo de 50 pontos pelo sexto mês seguido, mostrou que os empresários da indústria perceberam piora das condições atuais de negócio. O índice foi 6,6 pontos inferior ao apurado em setembro de 2017.

O indicador de expectativas decresceu 0,9 ponto entre agosto (53,2 pontos) e setembro (52,3 pontos). Apesar da queda mensal, o índice – superior a 50 pontos – sinalizou perspectivas positivas dos empresários para os próximos seis meses. Vale ressaltar, contudo, que o indicador foi 4,5 pontos inferior ao de setembro de 2017 e acumula recuo de 6,4 pontos no ano.

Segundo Flávio Roscoe, presidente da FIEMG, a queda do índice confirma a falta de confiança do empresariado em investir devido ao cenário eleitoral incerto. “O índice caiu abaixo dos 50 pontos e significa que os empresários não estão confiantes para investir. Isso em função do cenário político atual, que é a principal razão, uma vez que a taxa de juros está baixa. Sendo assim, a atividade econômica não se recupera, grande parte, em função do cenário político confuso que inibe a decisão do investimento”, comentou.

 Para o líder empresarial, os empresários estão postergando a sua decisão de investimento esperando o resultado das eleições. “O empresariado está no aguardo para ver se o resultado eleitoral vai ser mais amigável ou não para os investimentos produtivos,” finalizou.

FIEMG – 20/09/18

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