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Alta maior da gasolina põe etanol competitivo

16 de Agosto de 2017

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O preço do etanol voltou a ficar em condição de competitividade com o da gasolina em Minas Gerais. Último levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP), mostra que no período de 30 de julho a 5 de agosto, o valor médio do etanol em Minas foi de R$ 2,688, equivalente a 69,9% do preço de R$ 3,845 encontrado para a gasolina.

De acordo com a Associação das Indústrias Sucroenergéticas de Minas Gerais (Siamig), o aumento do imposto sobre os combustíveis, feito pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB), teve incidência menor sobre o etanol, quando comparado com a gasolina.

O preço médio da gasolina já teve alta de 7,5%, e alta de 6,7% no caso do etanol. Em Belo Horizonte, a alta dos preços médios foi de 8,2% para a gasolina e 6,1% para o etanol. Mas, se o motorista estiver disposto a pesquisar pode encontrar diferença ainda maior em favor do etanol em alguns postos da capital, podendo ser de até R$ 1,20 por litro.

O setor sucroalcooleiro vinha de forte queda nos últimos meses, como conta o presidente da Siamig, Mário Campos, e essa competitividade dá a possibilidade de retomada do crescimento. "Essa competitividade dos preços possibilitará que o mercado volte a crescer. O mineiro gosta muito de fazer conta, diferentemente de outros estados. Então, se ele perceber que essa conta está vantajosa, ele volta a abastecer com o etanol", disse.

Segundo Campos, o setor atingiu seu auge em outubro de 2015, quando foram consumidos 200 milhões de litros de etanol. De lá pra cá a queda foi se acentuando. Em junho deste ano, o consumo foi de 90 milhões de litros. "A expectativa é de que com essa amelhora no preço em agosto o consumo volte a crescer e fique em 120 milhões de litros", aposta.

Mário Campos chama ainda, atenção para que cada motorista perceba como o combustível funciona no seu carro. Isso porque, segundo ele, essa conta que aponta que o preço está em média 69% na capital pode ser traduzida em números ainda melhores.

"O importante é que se tenha a noção de quantos quilômetros se consegue rodar e encontrar a relação de preço ideal para seu veículo. Esses 70% é métrica do mercado, mas não quer dizer que seja para cada veículo", pontua. Na prática, o que ele quer dizer é que dependendo da forma como cada pessoa dirige, a diferença de consumo entre a gasolina e o etanol pode ser menor, possibilitando menor consumo.

(Fonte: Estado de Minas – 15/08/17)

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