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Agronegócio impulsiona mercado de máquinas e equipamentos

22 de Maio de 2017

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O Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia) acaba de ganhar a primeira fábrica de tratores Farmtrac no Brasil. São 20 mil metros quadrados de área construída, numa área total de 60 mil metros quadrados, e capacidade para produzir até 200 tratores por mês. O investimento foi de R$ 50 milhões e deve gerar cerca de 250 empregos diretos na região.

 A escolha do negócio não foi aleatória. Trata-se de um setor que, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), tem previsão de crescimento de 10,7% na produção e 13% nas vendas. Nada mal em um ano em que a economia brasileira, na melhor das hipóteses, vai crescer 0,5%.

A mecanização da produção não é um privilégio da agricultura empresarial. Dos grandes produtores aos agricultores familiares, todos estão utilizando cada vez mais máquinas, que são cada vez mais produtivas. “E ainda temos um potencial muito grande de crescimento”, assegurou a vice-presidente da Anfavea, Ana Helena de Andrade. De acordo com ela, o Brasil, diferente de outros países produtores, não tem apenas uma safra anual.

“Já temos duas safras e estamos caminhando para a terceira. Isso ocasiona um maior desgaste das máquinas. Ainda temos muita área cultivável e a expansão agrícola aumenta a necessidade de mais maquinário. Além disso, apesar de todo o crescimento do mercado, ainda temos um índice muito baixo de mecanização, similar ao da França, que tem área e produção muito menores que a do Brasil”, avaliou Andrade.

O presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (ABIMAQ), Pedro Estevão Bastos, concorda com Andrade.

Para a Abimaq, a previsão de crescimento do setor para 2017 é de 15%, com valores da ordem de R$ 14 bilhões. De acordo com ele, os parques industriais do setor no Brasil estão entre os mais modernos do mundo.

“Não é fácil entrar no mercado brasileiro. As três maiores multinacionais do setor já estão aqui. Os estrangeiros são grandes fabricantes para a agricultura de clima temperado mas fazer a adaptação para a agricultura tropical não é tão simples”, explicou Bastos.

(Fonte: Estado de Minas – 22/05/17)

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