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Agro lança entidade para vencer a “guerra da comunicação”

01 de Novembro de 2019

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A CropLife Brasil, nova entidade do agro, lançada, nesta quinta-feira (31/10), em Brasília (DF), com a presença de dois ministros (Tereza Cristina e Ricardo Salles), promete derrubar mitos e preconceitos em relação à indústria de insumos  no Brasil.  “Durante muitos anos a indústria de insumos ficou ocupada com a produção, enquanto tinha gente falando mal da gente e espalhando mitos e preconceitos”, disse Christian Lohbauer, presidente-executivo.

“Estamos em uma agenda de medos como floresta em chamas, águas envenenadas, vacinas. É um mundo de versões e é um paradoxo ver tanta gente mal informada em um mundo que tem tanta informação. De alguma maneira, nós perdemos essa guerra e está na hora de revertermos esse jogo”, acrescentou.

A CropLife Brasil unifica as representações da indústria de insumos. É a divisão brasileira da entidade lançada em 2001, na Bélgica, presente também nos Estados Unidos, Austrália, Canadá e em regiões da América Latina, Ásia e Oriente Médio, para “fomentar a inovação e o uso das mais modernas tecnologias nas lavouras”.

Entidades que atuavam individualmente, como a Associação Nacional de Defesa Vegetal (Andef), a Associação Brasileira das Empresas de Controle Biológico (ABCBio), a Associação das Empresas de Biotecnologia na Agricultura e Agroindústria (AgroBio), a Associação Brasileira dos Obtentores Vegetais (Braspov) e o Conselho de Informações sobre Biotecnologia (CIB) deixam de existir. Essa atuação passa a ser unificada, com as representações de sementes, produtos químicos e biológicos e biotecnologia.

Presidente do Conselho da CropLife Brasil, Eduardo Leduc, que também é executivo da divisão agrícola da Basf, disse que a agricultura passa por momento de desafios e mudanças e que ter diversas associações em separado não faz sentido. Da forma como estava, dificultava a comunicação do setor. O objetivo é tornar mais eficiente a comunicação com a sociedade e o governo.

“O Brasil é um país tropical, com insegurança jurídica e, mesmo assim, é um grande produtor mundial. Isso é sinal da competência dos produtores e de que os produtores têm tecnologia e inovação”, disse Leduc.

Potência agroambiental

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacou que o Brasil é uma potência agroambiental, mas tem um problema para comunicar isso ao mundo. “Existe uma desinformação cínica e proposital por parte de uns e ignorância por parte de outros. Perdemos a guerra da narrativa. Nós nos desconectamos da sociedade. Precisamos mostrar que nossos alimentos são seguros”, disse ela.

Tereza Cristina elogiou o ministro Ricardo Salles, também presente na cerimônia. Disse que o agronegócio ficará devendo a ele pelo trabalho que tem feito à frente da pasta do Meio Ambiente.

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