19 de Dezembro de 2016
Notícias
O melhor desempenho das exportações de café e do setor sucroalcooleiro está contribuindo para a redução da queda observada no faturamento das exportações do agronegócio de Minas Gerais.
Nos 11 primeiros meses de 2016, a receita gerada com as negociações com o exterior rendeu ao Estado US$ 6,70 bilhões, queda de 0,2% sobre o valor movimentado em igual período de 2015, quando as exportações somaram US$ 6,71 bilhões. Os embarques do agronegócio respondem por 34% do volume total exportado pelo Estado e por 45% do saldo da balança comercial.
Entre janeiro e novembro foram exportados 8,36 milhões de toneladas de produtos agrícolas e pecuários, um avanço de 14,2%. Em relação ao preço médio da tonelada US$ 801, foi verificada retração de 12,6%.
“A perspectiva é encerrar o ano com valor exportado semelhante a 2015. Estamos com diferença muito pequena no faturamento dos 11 meses e crescimento em volume. Fica evidente que os produtos desvalorizaram no mercado internacional, fazendo com que vendêssemos mais volume por um preço menor. É importante ressaltar que o agronegócio representa 34% das exportações em Minas Gerais e que responde por 45% do saldo da balança comercial, contribuindo positivamente para a economia estadual”, disse o superintendente de Política e Economia Agrícola da Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), João Ricardo Albanez.
A balança comercial do agronegócio encerrou os 11 primeiros meses de 2016 com superávit de US$ 6,2 bilhões. Os principais parceiros comerciais do Estado são a China, com participação de 15,6% do valor total exportado, seguida pelos Estados Unidos (11,1%), Alemanha (10,4%) e Itália (5,6%). Juntos, os países respondem por 43% das exportações do agronegócio mineiro.
O café continua sendo o principal produto da pauta exportadora, respondendo por 46,7%. No acumulado dos 11 meses, as exportações do grão movimentaram US$ 3,1 bilhões, queda de 6,4% frente a igual período anterior. Até outubro, os embarques de café acumulavam queda de 10% no faturamento. O volume destinado ao mercado internacional aumentou 5,7% somando 1,18 milhão de toneladas.
O setor sucroalcooleiro vem se destacando positivamente e passou a ocupar o segundo lugar no ranking dos produtos mais exportados, ultrapassando o complexo soja. Entre janeiro e novembro, as exportações do segmento somaram US$ 1,07 bilhão, aumento de 49,1%. Os embarques alcançaram 3 milhões de toneladas, alta de 34%. O setor responde por 16,1% das exportações do agronegócio.
O boom de desempenho se deve ao açúcar, que está com demanda e preços aquecidos no mercado internacional. Somente as exportações de açúcar movimentaram US$ 1,04 bilhão, com a negociação de 2,9 milhões de toneladas.
“É interessante relatar a questão da diminuição da participação do café, tendo em vista que outros produtos estão ganhando espaço no mercado internacional. Mesmo se ficarmos centralizados no café, o setor sucroalcooleiro, o complexo soja, as carnes e os produtos florestais têm conseguido maior participação, o que é bom para a diversificação”, comenta Albanez.
O superintendente da Seapa destaca que em 2015, 50,2% dos produtos exportados eram café e derivados e, neste ano, o setor cafeeiro está com 46,7% de participação, o que é positivo pela ampliação da pauta.
(Fonte: Diário do Comércio – 19/12)
Veja também
24 de Abril de 2024
Evento do MBCB destaca potencial da descarbonização da matriz energética brasileiraNotícias
24 de Abril de 2024
WD Agroindustrial promove intercâmbio cultural em aldeia indígena para celebrar o dia dos povos origináriosNotícias
24 de Abril de 2024
Raízen encerra safra 2023/24 com moagem recorde de 84,2 milhões de toneladasNotícias