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Açúcar bruto despenca para mínima desde 2015 com queda do real frente ao dólar

24 de Abril de 2018

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Os contratos futuros do açúcar bruto na ICE caíram 4 por cento para sua mínima em mais de dois anos e meio nesta segunda-feira, pressionados pela fraqueza da moeda do Brasil, maior produtor mundial de açúcar, e subsídios agrícolas propostos na Índia.

O contrato julho do açúcar bruto encerrou em baixa de 0,47 centavo de dólar, ou 4 por cento, a 11,4 centavos de dólar por libra-peso, depois de escorregar para 11,37 centavos de dólar, a mínima para o segundo contrato desde agosto de 2015.

Os ministros indianos propuseram dar subsídios aos produtores de cana, já que a crescente oferta baixou os preços, disse o ministro de Alimentos, Ram Vilas Paswan. Isso pressionou os futuros de açúcar bruto, disseram operadores.

Os baixos preços do açúcar têm, no entanto, levado as usinas no Brasil a usar mais cana para produzir etanol, embora a extensão da mudança possa ser prejudicada pela queda nos preços brasileiros do combustível renovável. O real caiu para o menor nível desde dezembro de 2016 em relação ao dólar norte-americano, pressionando também os futuros do açúcar, disseram operadores.

Com um dólar mais forte, a oferta de açúcar do Brasil pode aumentar no mercado internacional. O açúcar branco para agosto caiu 13,20 dólares, ou 3,9 por cento, a 329,20 dólares por tonelada. O contrato julho do café arábica teve alta de 1,25 centavo de dólar, ou 1,1 por cento, a 1,1895 dólar por libra-peso. A Marex Spectron previu um superávit global de café de 5 milhões de sacas de 60 kg em 2018/19, impulsionado pelo aumento da produção no Brasil. O café robusta de julho ganhou 10 dólares, ou 0,6 por cento, fechando a 1.769 dólares por tonelada.

Fonte: Reuters - 23/04/2018

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